Pecuaristas têm cada vez mais adotado à pecuária semi-intensiva como estratégia de engorda do rebanho. Mas o que é e como funciona esse sistema?
Já falamos aqui sobre os sistemas de produção intensivo e extensivo, mas e a pecuária semi-intensiva, você sabe o que é? E quando ela é a opção mais indicada?
Quando chega o período de seca, os pecuaristas precisam lidar com um grande desafio: menos disponibilidade e qualidade de pastagens. Como consequência, produtores veem chegar a zero o ganho de peso diário de seus rebanhos criados a pasto.
Mas o prejuízo não para por aí, além disso fatores como taxa de lotação, a produção de arrobas por hectare e o acabamento de gordura das carcaças dos animais também ficam comprometidos.
E é para superar essa dificuldade que pecuaristas têm cada vez mais adotado à pecuária semi-intensiva como estratégia de engorda do rebanho. Utilizado corretamente, esse sistema possibilita que a propriedade produza mais arrobas com menos área.
Ficou interessado? Então, continue a leitura e saiba tudo sobre a pecuária semi-intensiva.
Afinal, o que é a pecuária semi-intensiva?
A pecuária semi-intensiva é o sistema produtivo em que os animais são criados a pasto e recebem alimentação com forrageiras, composta por suplementação volumosa na época de menor crescimento do pasto, ou até mesmo durante o ano todo. O alimento é fornecido no estábulo no momento da ordenha, no caso da pecuária leiteira, ou em cochos nos piquetes, no caso da pecuária de corte.
Esse modelo de produção sustentável, tanto do ponto de vista ambiental como tecnológico, se caracteriza por permitir a aplicação de processos tecnológicos na criação em busca de melhores resultado.
Entenda como funciona
Na pecuária de corte, os produtores que optam pelo sistema semi-intensivo utilizam dessa estratégia por um período de até 90 dias. Normalmente acontece entre maio e julho, meses em que a qualidade e quantidade de pastagem começam a reduzir.
Usualmente, o Peso Vivo inicial dos animais colocados em sistema semi-intensivo gira em torno de 420kg e a quantidade de ração concentrada fornecida por animal diariamente é de cerca de1% do Peso Vivo.
Quanto ao ganho de peso diário, a expectativa é em torno de 1,0 kg por animal, podendo oscilar em função da quantidade e da qualidade da ração, além da raça, do sexo, da condição das pastagens e do gado.
Ao optar pela pecuária semi-intensiva, ou semiconfinamento, espera-se que o animal alcance o peso que o deixe pronto para o abate. Adicionado a isso, é possível que se obtenha um melhor rendimento de carcaça e do acabamento de gordura dos animais.
Um ponto essencial para o bom funcionamento dessa estratégia é a disponibilidade de cochos. É importante que eles sejam de fácil acesso para os animais, além disso o manejo dever ser eficiente e realizado por mão de obra qualificada.
Vantagens da pecuária semi-intensiva
Devido as muitas vantagens que oferece ao produtor, a pecuária semi-intensiva tem se popularizado no Brasil. Dentre seus principais benefícios o que talvez tenha mais destaque seja o aumento da produção de arrobas por animal e por unidade de área.
Mas além disso, podemos citar:
- Instalações simples;
- Adoção de tecnologia que pode aumentar a produtividade;
- Redução da idade de abate;
- Aumento do giro de capital da propriedade;
- Adianta o faturamento;
- Exige menores investimentos;
- Maior flexibilidade operacional.
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Desvantagens da pecuária semi-intensiva
Já como ponto negativo, esse sistema produtivo apresenta uma grande dependência de pastagens de qualidade nutricional.
Independente do sistema adotado pela propriedade, o planejamento estratégico deve ser adotado em todas as fases de produção, garantindo uma redução nos desafios e potencializando os ganhos obtidos pela propriedade!
Fonte: Coimma