Você sabe identificar a pecuária intensiva e extensiva?

A pecuária de corte é importante, mas quais as diferentes práticas de realização dessa atividade? Vamos fazer um comparativo entre pecuária intensiva e pecuária extensiva!

Não é novidade que a pecuária possui uma grande representatividade no setor agro brasileiro. Em função disso, temos abordado aqui desde temas mais básicos relacionados ao assunto como, por exemplo, explicando o que é a atividade pecuária, até assuntos mais aprofundados que discutem o futuro da atividade.  

E hoje, vamos falar sobre as diferentes práticas de realização dessa atividade, e fazer um comparativo entre pecuária intensiva e pecuária extensiva, para que você compreenda do que se trata, as diferenças e para quê é indicado cada um dos sistemas agropecuários.  

Basicamente, as principais diferenças entre pecuária intensiva e pecuária extensiva estão na área de ocupação e nos níveis tecnológicos distintamente empregados. Mas para entender melhor cada um dos sistemas, continue a leitura e confira! 

Pecuária extensiva: o que é? 

Esse sistema produtivo consiste na criação de rebanhos em áreas extensas, em que os animais são deixados livres em grandes áreas para pastejo. Pode ser realizado tanto em pequenas áreas familiares quanto em grandes latifúndios e é mais comum em propriedades que possuem pastos com amplos espaços. 

Atualmente, a pecuária extensiva corresponde a 90% da atividade pecuária do país e é considerada ideal para a criação de gado de corte. Isso porque esse tipo de rebanho necessita de mais liberdade e espaço. 

A popularidade desse sistema de criação se dá muito pela principal vantagem que esse sistema oferece, que é: 

  • Baixo investimento: uma vez que a criação dos animais é em grandes pastos, eles encontram lá os nutrientes necessários para seu desenvolvimento, fator que deixa sua produção mais barata. É importante ressaltar que ainda assim é importante cuidar da suplementação e reposição mineral do rebanho, pois a área utilizada pode ser pobre em mineiras que nutrem os animais.  

No entanto, nem só de pontos positivos é feita a pecuária extensiva. É fundamental se atentar para algumas questões importantes que envolvem esse sistema produtivo, para que seu negócio não traga prejuízos ou que você não invista na implantação de um método que não funcione na sua propriedade. São elas: 

  • Disponibilidade de amplas áreas:  esse tipo de atividade essencialmente consiste em ocupar grande áreas, o que pode gerar problemas ambientais como, por exemplo, a degradação de áreas habitadas. 
  • Ineficiência no controle dos animais: uma vez que o rebanho fica espalhado por grandes áreas fazer o controle do desenvolvimento dos animais se torna uma tarefa difícil, e sem esse acompanhamento de perto se torna difícil medir a produtividade e garantir que esse animal se torne lucrativo. Existem tecnologias de precisão que podem ajudar no controle e acompanhamento eficiente dos animais como, por exemplo, a BalPass.  
  • Déficit alimentar: como alguns pastos podem ser deficientes em minerais e nutrientes essenciais para o desenvolvimento do gado, a carência alimentar é também uma das questões que envolvem a pecuária extensiva. Nesse caso, o indicado é utilizar suplementações para que se obtenha a criação de animais saudáveis, no entanto essa ação pode vir a aumentar os custos da produção. 

Pecuária intensiva: o que é? 

Já a pecuária intensiva pode ser vista, de certa forma, como o oposto da pecuária extensiva, além de ser considerada a opção mais avançada. 

Essa atividade se caracteriza pela criação do rebanho em confinamentos ou pequenas áreas, amparada pela utilização de processos modernos e tecnologias de ponta. Assim necessita de mão de obra especializada para seu monitoramento. 

O principal objetivo desejado com esse sistema é o aumento da produtividade animal e grandes produtores têm conseguido obter resultados positivos por meio dela. Isso porque como se utiliza tecnologia nos processos, é possível aumentar a produção e comercialização, promovendo mais lucro.  

Entre seus principais pontos positivos, destacam-se: 

  • Completo controle do rebanho: uma vez que o rebanho está confinado em uma pequena área, é muito mais fácil ter controle sobre o animal e sua nutrição, permitindo uma gestão mais eficiente do animal como um todo, tanto da sua saúde, alimentação, desenvolvimento e produtividade. 
  • Seleção mais apurada do animal: devido às tecnologias utilizadas nesse sistema, o pecuarista consegue fazer uma distinção melhor dos seus animais, separando aquele mais produtivos dos menos produtivos, e ainda realizar o melhoramento genético dos animais. 

Já o ponto de atenção principal relacionado à pecuária intensiva é: 

  • Alto investimento: Devido às tecnologias empregadas nesse sistema, seus custos são mais altos. Além disso, deve-se levar em consideração o fato de ser necessário contar com mão de obra especializada, que também apresenta valores mais elevados, assim como os custos necessários para se investir em infraestrutura de suplementação do animal. 

Agora que você já entendeu as diferenças entre a pecuária intensiva e a pecuária extensiva, é fundamental dizer que todos eles têm seus benefícios e que atendem a diferentes necessidades.  

Sendo assim, não podemos afirmar que um sistema é melhor que outro, tudo irá depender de uma série de fatores relacionados à propriedade, ao rebanho e ao pecuarista, para que então se defina qual das opções atenderá melhor àquelas demandas específicas. 

Fonte: Coimma

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