O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária afirma que o cenário é de adoção crescente de sistemas integrados com a lavoura e floresta, e um maior investimento em tecnologia nas fazendas.
O Estado de Mato Grosso deve continuar com uma pecuária crescente na próxima década. Na tarde dessa quarta-feira (7/10), o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) revelou que a atividade pode chegar a uma produção de 2,13 milhões de toneladas de carne bovina em 2030. O crescimento é de 39,2% sobre o número de 2019.
O dado faz parte do “Imea Outlook 2030, projeções para o agronegócio em Mato Grosso”, apresentado pelo órgão durante uma transmissão on-line e ao vivo. O documento traça o futuro da produção agrícola no Estado. Além da pecuária, o estudo apresenta as projeções da agricultura.
O estudo contempla cenários otimistas, com números chamados de limite superior, e pessimistas, limites inferiores. Para este ano, a projeção é de 1,69 milhão de toneladas a 1,39 milhão de toneladas de carne. Em 2030, o máximo poderia chegar a 2,78 milhões de toneladas e o mínimo de 1,85 milhão de toneladas. Nesse espaço, a projeção mais aceita é de um volume da ordem de 2,13 milhões de toneladas.
A taxa de crescimento anual na próxima década é de 3,36% ao ano. Bem maior do que a média de projeção de crescimento da produção de carne bovina no resto do País. Em setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária de Abastecimento (Mapa), também anunciou um estudo de projeção para o agronegócio. Nele, a produção de carne sairia de 9,88 milhões de toneladas, em 2020, para 11,48 milhões de toneladas. A taxa de crescimento anual para o País é de 1,51% na próxima década.
Nos abates de bovinos, entre este ano e 2030, a previsão é sair da faixa de 5,11 milhões a 6,07 milhões de bovinos para 6,45 milhões a 8,38 milhões de animais. Os técnicos do Imea acreditam que seria razoável 7,33 milhões de animais em 2030, com uma taxa de crescimento anual de 2,76%.
Fundamentos do estudo
O crescimento populacional mundial e a melhoria da renda em regiões em desenvolvimento estão entre os principais motores para a economia agrícola em Mato Grosso.
“Os grandes focos de aumento populacional estão na África e na Ásia. De modo geral, nessas regiões as pessoas tendem a ampliar o consumo de carne conforme aumenta a sua renda”, explica o engenheiro agrônomo Cleiton Gauer, gerente de inteligência de mercado do Imea.
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Outros pontos observados pela equipe do Imea é a adoção de sistemas integrados com a lavoura e floresta e de um maior investimento em tecnologia nas fazendas mato-grossenses, como explica o estatístico Rondiny Moreira, gestor de desenvolvimento de mercado do Imea.
“Haverá uma melhora de produtividade, pois a gente já percebe, pelo peso do animal, o investimento de genética ao longo dos anos”, diz Moreira.
Com informações do IMEA e Portal DBO