Há relatos de infestação por percevejo castanho em vários municípios da região norte do estado do Mato Grosso do Sul, produtores não sabem o que fazer.
Produtores rurais e empresas de sementes forrageiras estão apreensivos com o percevejo castanho (scaptocoris castanea), uma praga que está fora de controle e atacando várias propriedades na região norte de Mato Grosso do Sul.
Há relatos de perdas com até 100% em pastagens infectadas pelo inseto que se alimenta da seiva das raízes de todas as culturas. As pastagens do gênero brachiaria são as que têm maior incidência e recebem ataques mais severos, o que está colocando produtores em alerta.
O pecuarista Fábio Giron, Fazenda Araçatuba do Piquiri, de Pedro Gomes (350 km da capital), diz que há 10 anos aproximadamente identificou a praga em sua fazenda. Atualmente, cerca de 200 hectares estão infestados. “Eu tive uma perda muito severa, mais de 200 hectares eu perdi de marandu, piatã, MG4 e também de panicum”, diz Giron.
As empresas que cultivam e vendem sementes de pastagens também estão receosas com o domínio e a falta de controle dos insetos. Osmair Nogueira, engenheiro agrônomo e gerente comercial de uma empresa, diz que a situação é alarmante. “Fizemos visitas a clientes e verificamos áreas com 30, 40 até 70% de danos, sendo necessário reforma de pasto. Os ataques continuam mesmo depois do pasto reformado. Estão totalmente dizimados, a questão agora é o que fazer”, indaga Nogueira.
- Negócios do milho são lentos neste encerramento de ano
- Valor diário da exportação de carne bovina cai 7,5% em dezembro
- Clima favorável reforça perspectiva de maior oferta oferta, e preço da soja cai
- Pecuaristas resistem e boi gordo firma a R$ 315/@; aposta é de disparada em 2025
- Ponte desaba entre Tocantins e Maranhão, duas mortes confirmadas; Vídeos
O pecuarista Fábio Giron buscou ajuda da Embrapa, porém diz acreditar que a entidade está sem recursos para investir em pesquisas de manejo. “Estive na Embrapa, conversei com pesquisadores, disseram que é falta de fertilidade ou adubação, mas não é! Fiz reformas, adubação de correção, nada resolveu”, conta Giron.
Por enquanto, o produtor terá que conviver com a praga e seguir as recomendações agronômicas sugeridas pela Embrapa para tentar minimizar as perdas.
Via JP News