Do total degradado, 25 milhões encontram-se no Cerrado, onde as pastagens ocupam 63 milhões de hectares (ou 30% da área do bioma). Confira!
Segundo levantamento feito pelo Rally da Pecuária os produtores do Brasil perdem, todos os anos, cerca de R$ 9,5 bilhões com pastagens degradadas. No país estima-se que sejam mais de 72 milhões de hectares nesta condição.
Do total degradado, 25 milhões encontram-se no Cerrado, onde as pastagens ocupam 63 milhões de hectares (ou 30% da área do bioma).
Além do dano ambiental uma propriedade com baixa capacidade produtiva tem o preço por hectare menor, menos da metade de uma em alta produtividade. A degradação biológica das pastagens também provoca erosão e compactação dos solos, levando ao assoreamento dos corpos d’água e ao rebaixamento dos lençóis freáticos.
O Instituto ClimaInfo destaca que a recuperação não é cara. Junto com Observatório do Clima e GT Infraestrutura propõe investimentos para recuperar 6,5 milhões de hectares de pastagens degradadas no Cerrado. O preço disso seria R$ 9,5 bilhões até 2030. O volume parece alto mas corresponde a apenas 4% do Plano Safra. Com isso seria possível acrescentar R? 3,4 bilhões à economia local do Cerrado e Matopiba na década e reduzir a pressão para a abertura de novas áreas para o agronegócio.
Como fazer?
Ainda aponta que para investir na recuperação verde de pastagens não é preciso começar do zero. O Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que organiza e planeja as ações com o objetivo de responder aos compromissos de redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) no setor agropecuário assumidos pelo país pode ser um aliado. Além da Recuperação de Pastagens Degradadas, também inclui sistemas de produção integrada, plantio direto, tratamento de dejetos animais e adaptação às mudanças climáticas no setor.
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Uma alternativa seriam linhas de financiamento do BNDES que contribuam com a redução de impactos ambientais causados por atividades agropecuárias por meio de adequação das propriedades rurais frente à legislação ambiental. O crédito pode ser usado para recuperação de Reservas Legais (RL), Áreas de Preservação Permanente (APP), pastagens degradadas e implantação e melhoramento de planos de manejo florestal sustentável (ABC Ambiental). Há, ainda, potencial para captação de recursos através da emissão de Green Bonds (Título Verdes).
O instituto ainda acredita que é preciso alinhar o crédito rural com o código florestal; promover a regularização fundiária das propriedades; fortalecer os instrumentos de gestão de risco voltados para produtores que adotam sistemas produtivos resilientes e tecnologias de baixo carbono; investir na Embrapa para incentivar pesquisas no setor e aumentar a assistência técnica.
Fonte: Agrolink.