Princesa da Bélgica assina parceria construir a maior esmagadora de soja do país no Paraná; planta industrial terá capacidade para processar 3.500 toneladas de grãos de soja por dia
A princesa Astrid da Bélgica assinou no final de novembro, em Brasília, um termo de cooperação para utilizar tecnologia belga na maior esmagadora de soja do Brasil que está sendo construída na Lapa, na região metropolitana de Curitiba. As informações foram divulgadas pelo jornalista Reinaldo Bessa. A princesa veio ao Brasil com cerca 600 empresários belgas em busca de novos negócios e investimentos para o país.
Quem também celebrou muito a notícia foi o governador do estado, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), mais conhecido como Ratinho Junior. “Mais um investimento gigante no nosso Paraná! 🙏👊” – disse ele nas redes sociais.
Com capacidade para processar 3.500 toneladas de grãos por dia, a obra é uma parceria da empresa belga Desmet Brasil com o Grupo Potencial, que é do Paraná e se consolida como um dos maiores grupos empresariais do país, distribuindo, produzindo e transportando biodiesel e combustível.
Serão construídos dois silos para armazenamento de soja, com capacidade de 150 mil toneladas cada, e outro, com capacidade de 100 mil toneladas, para armazenar o farelo, um dos resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizado na produção de ração e outros produtos.
A previsão é de que esta implantação terá início em 2026, tornando o complexo industrial um produtor de farelo e óleo de soja, com destino ao mercado interno e também para exportação. “Eles são responsáveis pela obra da esmagadora, que fará o processamento de óleo de soja. Então, estão fornecendo toda a tecnologia para essa implantação. Acreditamos que vamos receber o que contratamos: uma planta eficiente e com qualidade”, afirma Arnoldo Hammerschmidt, presidente do Grupo Potencial.
A parceria não apenas fortalece os laços comerciais entre os dois países, mas também posiciona o Brasil como um player estratégico em produtos derivados da soja, atendendo a uma demanda crescente, especialmente na Europa. “A Desmet se sente honrada pela parceria com o Grupo Potencial. O projeto da planta de esmagamento na Lapa será fundamental na estratégia de crescimento do grupo, não apenas pela redução dos custos de logística, mas também por incorporar as tecnologias mais sustentáveis pelo menor consumo energético e zero emissão de efluentes”, ressalta Carlos Pace, gerente geral da Desmet na América do Sul.
A princesa Astrid liderou a missão econômica belga ao Brasil com o objetivo de fortalecer laços comerciais e promover novas parcerias entre os dois países com destaque para o desenvolvimento de novas tecnologias e o crescimento da indústria aeronáutica no contexto global.
Um dos temas de discussão é a SAF – Combustível Sustentável de Aviação produzido a partir de fontes renováveis, sendo o biodiesel uma das possibilidades futuras. O biodiesel é uma das vertentes do Grupo Potencial, que está em fase de expansão da maior planta do mundo a partir do insumo.
Estão sendo construídos dois silos para armazenamento de soja, com capacidade de 150 mil toneladas cada, e outro silo, com capacidade de 100 mil toneladas, para armazenar o farelo, um dos resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizado na produção de ração e outros produtos e será comercializado nos mercados interno e externo.
O Paraná é dos estados brasileiros com o maior potencial do país. Na semana passada a Cocamar Cooperativa Agroindustrial anunciou o início das obras de uma nova e grandiosa fábrica, uma das maiores esmagadoras de soja do Brasil, em Maringá (PR).
Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, a unidade será uma das maiores do país, iniciando com capacidade para processar 5 mil toneladas de soja por dia, podendo atingir 7,5 mil toneladas em uma fase futura. A conclusão está prevista para 2027 e promete impulsionar a economia local e a sustentabilidade no setor.
A Cocamar Cooperativa Agroindustrial anunciou nesta quarta-feira (11) o início das obras de uma nova e grandiosa fábrica, uma das maiores esmagadoras de soja do Brasil, em Maringá (PR).
Além de ampliar significativamente a capacidade de processamento de soja, a nova indústria permitirá à Cocamar aumentar a neutralização da refinaria de óleo de 200 mil para 350 mil toneladas anuais. No futuro, também será possível expandir a capacidade de produção de biodiesel.
Para escoar o volume adicional de farelo e óleo, será necessário construir um novo terminal rodoferroviário, além de ampliar a capacidade de armazenamento e o pátio de triagem, adaptando-se ao aumento no fluxo de caminhões.
A construção da nova esmagadora de soja da Cocamar representa um marco não apenas para a cooperativa, mas também para o setor agroindustrial brasileiro. Com foco em inovação, sustentabilidade e competitividade, o investimento de R$ 1,5 bilhão promete trazer benefícios significativos para os cooperados, a economia local e o meio ambiente, fortalecendo a posição do Brasil no mercado global de soja.
Financiamento da produção
Na última semana o governador anunciou a criação do primeiro fundo de investimento estatal voltado ao agronegócio do Brasil. O Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agro (Fiagro FIDC) receberá aporte inicial de R$ 350 milhões do Estado e tem potencial para movimentar R$ 2 bilhões em investimentos quando estiver em plena operação em 2025.
“Com o Fiagro, que terá juros menores que o Plano Safra, vamos dar mais um grande salto”, afirmou Ratinho Junior, em nota.
Criado com base na Lei Federal 14.130/2021, o fundo será gerido pela Fomento Paraná, banco de desenvolvimento do estado, e terá a Suno Asset como gestora dos recursos. A empresa, escolhida via edital público aberto em julho, tem experiência no setor com mais de R$ 500 milhões em fundos do agronegócio e mantém operações com mais de 200 produtores rurais no Paraná.
O diretor-presidente da Fomento Paraná, Vinícius Rocha, explica que o fundo integra um grupo de ações. “O fundo é parte de um conjunto de iniciativas para aumentar ainda mais a produtividade do agronegócio paranaense, que hoje representa mais de um terço do PIB estadual, mas que cada vez mais exige investimentos em ciência, tecnologia e na infraestrutura”, afirmou.
O Fiagro será destinado exclusivamente para investimentos de capital, sem incluir custeio ou compra de terras. Os recursos poderão financiar sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem e equipamentos, além da indústria que atende o setor, como fabricantes de tratores e outros maquinários agrícolas.
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