A previsão do Departamento de Economia Rural (Deral), apontou aumento de 6% na comparação com a temporada passada, quando o clima foi menos favorável.
SÃO PAULO (Reuters) – O Paraná, um dos principais produtores de soja do Brasil, elevou nesta quinta-feira sua projeção de safra da oleaginosa para um recorde de cerca de 21 milhões de toneladas em 2021/22, o que seria um recorde, disse um especialista do Departamento de Economia Rural (Deral).
Ele citou um ligeiro ajuste positivo na área plantada, que somará ao todo 5,63 milhões de hectares, e também boas condições climáticas, embora algumas regiões já comecem a necessitar de chuvas.
Agora o Deral projeta a safra a 20,985 milhões de toneladas, versus 20,8 milhões na projeção de outubro. A previsão aponta aumento de 6% na comparação com a temporada passada, quando o clima foi menos favorável.
“No geral, a safra está muito boa, teve correção de área para cima, acabou aumentando a produção. Se confirmar essa estimativa de quase 21 milhões, vai ser recorde. É cedo para falar ainda, a safra está no início, mas é perspectiva boa no momento”, afirmou o economista Marcelo Garrido, à Reuters.
A maior safra da história do Estado foi colhida em 2019/20.
“Tivemos alguns problema de seca no plantio e excesso de chuva. Agora algumas regiões precisam de chuva, mas de forma geral é perspectiva boa”, acrescentou ele, citando que 95% das áreas estão em condições boas. “A gente não descarta algum problema pontual”, ponderou.
No início desta semana, o Deral informou que a semeadura de soja 2021/22 havia alcançado 97% da área projetada para o Estado.
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Para o milho, a área de verão 2021/22 foi revisada para cima, de 423,7 mil para 430 mil hectares. A nova estimativa representa avanço de 15% sobre o ciclo anterior. Com isso, a produção do cereal deve aumentar 35%, para 4,19 milhões de toneladas.
Para o trigo, o Deral cortou levemente sua estimativa mensal para a safra 2021, de 3,24 milhões para 3,21 milhões de toneladas, mostraram os dados. Com a colheita praticamente finalizada, o volume estará 1% maior que o do ciclo anterior.
Fonte: Reuters