Utilizada para complementar a alimentação do rebanho, a palma pode ser uma garantia alimentar para os bovinos nos períodos de seca .
A palma forrageira vem ganhando espaço nas regiões semiáridas de Minas Gerais. Utilizada para complementar a alimentação do rebanho, a palma pode ser uma garantia alimentar para os bovinos nos períodos de seca .
A partir de setembro, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) disponibilizou raquetes de três genótipos de palma forrageira para produtores do semiárido estadual. O objetivo é estimular o plantio e adoção da palma.
A distribuição das raquetes acontecerá através do Programa Rede Palma. De acordo com a pesquisadora da Epamig Polyanna Mara Oliveira, o programa foi criado no ano de 2017. O início foi possível, porque um Epamig material genético de palma do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). “Recebemos o material e tivemos a ideia de testar em diversos locais de Minas.
Como a Epamig não tem áreas disponíveis em todas as regiões, foi preciso firmar parcerias com os produtores. Inicialmente esta parceria foi para testar os materiais e selecionar os mais adaptados a cada região ”, explica.
Ainda de acordo com Polyanna, o programa tem apresentado resultados positivos e o interesse por parte dos produtores rurais em usar a palma como alimento alternativo para o rebanho é crescente. “Os profissionais estão constantes no uso da palma. Esse interesse aumenta ainda mais devido à piora da seca ”, destacou.
Para atender a demanda crescente, foram criados, nas áreas de observação, campos de multiplicação. A iniciativa é importante para multiplicar como mudas e ter maior oferta na região em que será utilizado.
O custo com frete inviabiliza a aquisição do produto vindo do Nordeste do país . “A rede de parceria é importante porque testamos como cultivares em diferentes lugares e também porque conseguimos aumentar a disponibilidade de mudas e atender a um maior número de produtores”, disse.
Programa
Este ano, a partir do mês de setembro, serão disponibilizadas, pela Epamig, raquetes de três genótipos de palma forrageira. As raquetes serão destinadas tanto para os campos de observação, onde os produtores se tornam parceiros da Epamig, por meio do Programa Rede Palma, quanto para os campos de multiplicação, onde os produtores incorporam as raquetes para montarem o seu próprio viveiro de mudas.
Para os parceiros parceiros da Rede Palma, que implantarão campos de observação, serão disponibilizados 1.400 raquetes de cada um dos três genótipos: Orelha de Elefante Mexicana, Sertânia e Miúda.
“Para os campos de observação, onde fazemos o acompanhamento, o produtor recebe um maior volume de mudanças e assume o compromisso de devolver este mesmo volume no próximo ano aumentar a disponibilidade. Já para os demais, são disponibilizadas até 300 raquetes de cada genótipo, e o produtor pode utilizar para implantar um viveiro, aumentar a produção ou distribuir para os vizinhos ”.
Polyanna explicou que o intuitp da distribuição de raquetes e aumentar a disponibilidade das mudas nas regiões Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha e contribuir com a sustentabilidade da pecuária de leite, por meio da segurança produtiva que a palma oferece.
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“ No período de seca, a produção de forragem cai e o produtor precisa ter segurança produtiva. Neste caso, a palma é uma alternativa muito interessante . Além da alta produtividade, ela precisa de baixo volume de água e segurança alimentar para o gado, que não vai morrer por falta de alimento ”, ressaltou.
Os Produtores do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha podem se cadastrar para receber as raquetes. Os cadastros devem ser feitos junto aos extensionistas da Emater-MG, que é parceira no desenvolvimento do Programa Rede Palma, ou diretamente com a Epamig Norte.
As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pela Equipe MilkPoint.