No World Steak Challenge, na Irlanda, o frigorífico argentino Azul Natural Beef conquistou a Medalha de Ouro com cortes de bovinos produzidos a pasto
Com a participação de mais de 300 empresas de todo o mundo e pelo terceiro ano consecutivo, no Fire Steakhouse & Bar, em Dublin, na Irlanda, a Argentina conquistou a maior premiação do World Steak Challenge. Os gerentes do frigorífico Azul Natural Beef, que representaram a Argentina no evento, relataram que o país venceu em duas categorias, eles receberam a medalha de ouro no Ojo de Bife (miolo do bife ancho) e Lomo (filé mignon) de animais engordados a pasto.
Segundo os executivos do frigorifico, os prêmios são resultado de um trabalho conjunto entre os colaboradores da empresa, bem como dos pecuaristas que trabalham ano após ano para melhorar a qualidade de seu gado e manter Carne argentina no topo do mundo.
O evento “World Steak Challenge” é uma competição que traz os melhores cortes de carne vermelha do mundo e só mostra a qualidade do produto, as credências e o processamento mostram que no evento estão os melhores do mundo. A chancela, de melhor do mundo, é dada por um painel de mais de 60 juízes independentes que testaram os cortes em sete categorias.
Em entrevista ao jornal LA NACION, o presidente do frigorífico Azul Natural Beef, Alejandro Duhau, destacou a importância do evento que, tanto para a empresa quanto para o país, é uma espécie de carta de apresentação ao mundo.
“É uma vitrine para o mundo mostrar a excelente qualidade da carne bovina que temos na Argentina. Soubemos há alguns anos da existência desse concurso e resolvemos participar. Até o ano passado éramos a única empresa argentina que competia entre 300 empresas de todo o mundo, agora este ano participaram duas empresas do nosso país, porque também querem dar visibilidade à sua marca”, comentou.
“Nossos clientes no exterior valorizam muito essas conquistas. Veja como será importante mostrar a qualidade da mercadoria que se vende que existe, por exemplo, um restaurante em Londres que em seu cardápio diz que tal prato de carne vem de uma fazenda que ganhou esses prêmios. Embora quando se fala em carne argentina se supõe que é uma carne boa, queríamos que tivesse a categoria de excelente e esta é uma opção muito boa”, acrescentou.
Disse que grande parte do seu trabalho está na relação permanente com os pecuaristas que lhes vendem os novilhos e novilhas para o seu abate. Para o presidente da companhia, é ali, no campo onde se criam os novilhos, que começa o trabalho que faz a diferença.
“Só trabalhamos com raças britânicas, principalmente Angus. Um grande ponto do nosso trabalho é visitar os confinamentos e campos de nossos clientes para ver a qualidade de sua fazenda, como eles os alimentam. E tentamos mantê-los. A maioria deles é da província de Buenos Aires e alguns de La Pampa, onde a grande maioria faz o ciclo completo de cria, recria e engorda do gado à pasto”, explicou.
Quanto aos animais abatidos, comentou que são novilhos e novilhas com peso entre 500 e 600 quilos, com maior teor de gordura e mais pesados que os vendidos no mercado interno. “Esse é o tipo de mercadoria que nossos clientes buscam no exterior. 80% do valor do que pescamos é exportado, 20% fica no mercado interno”, afirmou.
Quanto às exportações, o seu principal destino é a China com 38%, tanto com carne de qualidade congelada como refrigerada, onde não comercializam mas têm quatro clientes regulares com os quais estabelecem acordos de fornecimento. Eles também exportam para Israel e Estados Unidos. “Outros destinos são a Alemanha e mercados como Brasil, Chile e outros países da Europa. Agora, estamos abrindo mercados em vários países asiáticos, como Cingapura, Hong Kong, Malásia e Vietnã”, disse.
Atualmente, o frigorífico, inaugurado em 2017, conta com cerca de 950 funcionários em sua fábrica. “Esses prêmios mostram que trabalhar com seriedade, investir em tecnologia, trabalhar em conjunto com nossos fornecedores de gado e treinar nossos colaboradores tem resultados em nível internacional, por isso optamos por continuar crescendo e manter a Argentina no pódio da melhor carne do mundo. “mundo”, concluiu.
Adaptado do LA NACION
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