Com fazendas que ocupam milhares de hectares e leilões que rendem milhões, esses artistas mostraram que o campo não é apenas um refúgio, mas também um negócio estratégico de alta rentabilidade.
O Brasil, berço do agronegócio e do sertanejo, vive uma relação única entre dois dos seus pilares culturais e econômicos mais sólidos. Com letras que exaltam a vida no campo e histórias de superação ligadas à terra, os cantores sertanejos transcenderam os palcos e se tornaram protagonistas também no agronegócio. Esse vínculo vai além da simples admiração pela vida rural; muitos desses artistas investiram fortemente em propriedades, criação de gado, genética bovina e plantio, transformando a paixão pelo campo em empreendimentos milionários.
Os números impressionam: em 2023, o agronegócio brasileiro movimentou R$ 1,2 trilhão, e o envolvimento de personalidades influentes, como os cantores sertanejos, fortaleceu ainda mais a visibilidade do setor. Com fazendas que ocupam milhares de hectares e leilões que rendem milhões, esses artistas mostraram que o campo não é apenas um refúgio, mas também um negócio estratégico de alta rentabilidade.
A Nova Face do Sertanejo
Neste cenário, surge uma nova face do sertanejo: o empresário rural. Com uma visão de futuro e raízes fincadas no campo, esses artistas conquistaram tanto os corações dos fãs quanto o respeito do mercado agropecuário.
Por que os sertanejos investem no agronegócio?
O sertanejo, enquanto gênero musical, celebra a vida no campo, a simplicidade e as tradições, criando uma identificação natural entre os artistas e o agronegócio.
Esse investimento, no entanto, não é apenas emocional. O agronegócio brasileiro é um dos setores mais promissores da economia, representando 25% do PIB nacional em 2023 e movimentando cifras bilionárias. Para os sertanejos, investir no agro significa diversificar suas fontes de renda em um mercado resiliente e de alta rentabilidade.
Além do apelo financeiro, o campo oferece a oportunidade de retorno às origens, proporcionando qualidade de vida e contato com a terra. Muitos cantores, como Zezé Di Camargo e Leonardo, utilizam suas fazendas não apenas como empreendimentos lucrativos, mas também como refúgios pessoais. A criação de gado, o melhoramento genético e os leilões de alto padrão são algumas das atividades em que esses artistas investem, consolidando sua influência no setor.
Com o crescimento contínuo do mercado agropecuário no Brasil, que viu um aumento de 15% nas exportações em 2023, o agro não é apenas uma escolha estratégica, mas também um símbolo de sucesso e conexão com as tradições nacionais.
Os gigantes do sertanejo no Agro: Quem são e o que fazem?
O agronegócio se tornou uma extensão estratégica das carreiras dos maiores nomes da música sertaneja. Além de consolidarem suas fortunas com shows e gravações, esses artistas encontraram no setor rural uma oportunidade de diversificar investimentos, conectar-se às suas raízes e gerar impacto econômico significativo.
A seguir, destacamos os 10 maiores gigantes do sertanejo no agro, seus empreendimentos e o impacto financeiro que têm gerado:
Gusttavo Lima
Conhecido como o “Embaixador”, Gusttavo Lima é proprietário da Fazenda Recanto Feliz, em Goiás, onde lidera a criação de gado de corte e participa de leilões milionários. A propriedade, que conta com 3 mil metros quadrados de área construída, possui infraestrutura de alto padrão e é cercada por criadouros de animais. Em 2024, estima-se que suas atividades agropecuárias tenham movimentado mais de R$ 50 milhões, consolidando-o como um dos maiores nomes do setor.
Luan Santana
Com foco em sustentabilidade, Luan Santana investe em projetos de manejo ambiental e energias renováveis no campo. Ele mantém propriedades voltadas para a produção de grãos e sistemas agrícolas integrados que priorizam práticas sustentáveis. Sua atuação é um exemplo de como o agro pode aliar tecnologia e preservação ambiental, com impacto financeiro estimado em R$ 10 milhões anuais.
Jorge (da dupla Jorge & Mateus)
Jorge é criador de cavalos de elite e investidor no cultivo de grãos, como soja e milho. Suas propriedades, localizadas em Goiás, são referência em práticas modernas de agropecuária. Em 2024, sua receita com as atividades no agro deve ultrapassar R$ 20 milhões, reforçando seu papel como um empresário de destaque no setor.
Fernando (da dupla Fernando & Sorocaba)
Fernando, parceiro de Sorocaba, possui fazendas focadas na produção de grãos e na criação de gado de elite. Com investimentos significativos em tecnologia de plantio e melhoramento genético, ele é destaque em produtividade e qualidade, com faturamento estimado de R$ 18 milhões por ano.
Sorocaba
Apaixonado por cavalos, Sorocaba é um dos maiores nomes em genética bovina e equina. Suas fazendas em Jaguariúna (SP) são famosas por leilões de alto padrão que movimentam milhões. Em 2024, apenas os leilões organizados por ele geraram um faturamento estimado de R$ 35 milhões, consolidando sua influência no mercado.
Zezé Di Camargo
Dono da fazenda É o Amor, com mais de 1.275 hectares em Goiás, Zezé Di Camargo é criador de gado e investe em preservação ambiental. Com o uso de tecnologia de ponta em reprodução animal, ele tem gerado resultados expressivos, com faturamento anual estimado em R$ 25 milhões.
Leonardo
Na famosa fazenda Talismã, com 7 mil hectares, Leonardo diversifica suas atividades entre criação de gado e lazer. Seus leilões são destaque, e a propriedade se tornou referência no setor. Em 2024, seu impacto financeiro no agro é estimado em R$ 30 milhões, com destaque para o turismo rural.
Eduardo Costa
Especialista na criação de cavalos de raça, Eduardo Costa também investe em eventos agropecuários. Sua fazenda em Minas Gerais é reconhecida por cavalos que alcançam valores milionários, e seu faturamento no setor ultrapassa R$ 15 milhões anuais.
Chitãozinho & Xororó
A dupla investe em grandes propriedades e exportação de produtos agropecuários, como carne e grãos. Com atuação internacional, seus negócios movimentaram cerca de R$ 40 milhões em 2024, reforçando a presença global do agronegócio brasileiro.
Bruno (da dupla Bruno & Marrone)
Bruno mantém foco na criação de gado de corte e propriedades rurais de alto padrão. Suas fazendas, localizadas no Centro-Oeste, são reconhecidas por produtividade e eficiência. Em 2024, suas atividades agropecuárias geraram faturamento superior a R$ 22 milhões.
O impacto dos sertanejos no agro brasileiro
A relação entre o sertanejo e o agronegócio no Brasil tem se consolidado como um dos maiores fenômenos culturais e econômicos do país. Muitos dos maiores nomes do gênero não apenas celebram o campo em suas músicas, mas também investem de maneira significativa no setor agropecuário, contribuindo diretamente para o crescimento do mercado e promovendo práticas inovadoras no campo.
Como suas atividades ajudam a fortalecer o setor agropecuário
As atividades dos sertanejos no agro não se limitam a investimentos passivos, mas englobam práticas ativas e inovadoras que fortalecem o setor. A criação de gado de elite, a utilização de tecnologias para melhorar a genética animal e o desenvolvimento de projetos sustentáveis têm contribuído para a modernização do agronegócio. Artistas como Zezé Di Camargo e Gusttavo Lima, por exemplo, têm se destacado na implementação de tecnologias de reprodução e melhoramento genético do gado, impactando positivamente a produção e a qualidade da carne brasileira.
Papel de suas marcas pessoais na promoção do agronegócio
Os sertanejos utilizam suas marcas pessoais para promover não apenas sua música, mas também o agronegócio, transformando-se em influenciadores do setor. A visibilidade que esses artistas têm no Brasil e no exterior ajuda a atrair mais investidores e a promover os produtos agropecuários brasileiros no mercado internacional. O nome de Sorocaba, por exemplo, é sinônimo de genética de qualidade no mercado de gado, enquanto o legado de Leonardo no setor de leilões de gado de elite é amplamente reconhecido.
Contribuição para leilões, genética de qualidade e eventos que movimentam milhões
O impacto financeiro desses artistas no agronegócio também se reflete em eventos que movimentam milhões, como leilões de gado e exposições agropecuárias. Sorocaba e Gusttavo Lima são alguns dos artistas que têm organizado leilões de alto padrão, que não apenas atraem a elite do agronegócio brasileiro, mas também colocam o Brasil como líder mundial na genética bovina.
Novas áreas que esses artistas podem explorar no agronegócio
Em 2024, espera-se que mais sertanejos invistam em tecnologias voltadas à agricultura digital, como o uso de drones para monitoramento de plantações e a automação do processo de cultivo. Além disso, projetos de energias renováveis, como a instalação de painéis solares nas fazendas, são uma tendência crescente. A diversificação do portfólio agropecuário, com investimentos em bioenergia e produtos orgânicos, também deve ganhar força.
A relação entre o sertanejo e o agronegócio brasileiro continua a se fortalecer, refletindo uma conexão profunda entre a cultura, a tradição e a inovação. O setor agropecuário brasileiro se beneficia não apenas dos investimentos de figuras do sertanejo, mas também da sua capacidade de atrair novos investidores e levar o agronegócio nacional a um novo patamar de sucesso. O futuro promete mais oportunidades, novas tecnologias e uma integração cada vez mais forte entre o campo e o palco.
Escrito por Compre Rural
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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