Operação apreende mais de 700 bovinos e 80 ovinos; Quadrilha era especializada em roubo de fazendas. Confira os detalhes dessa operação realizada pelos heróis de farda!
A Polícia Civil prendeu sete pessoas durante a operação Colônia. Os investigados por integrarem organização criminosa especializada em abigeato, receptação de animais, falsidade ideológica e posse irregular de armas de fogo foram presos nos municípios de Aceguá, Bagé, Hulha Negra e Lavras do Sul.
De acordo com o delegado responsável pela Delegacia Especializada no Combate aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Bagé, André Mendes, a ação policial foi uma das maiores operações contra o abigeato dos últimos anos na região. Ao todo, foram recuperados 731 bovinos e 80 ovinos. Os policiais apreenderam, ainda, diversas armas de fogo, munições, telefones celulares e documentos.
As investigações iniciaram após o furto de 34 animais de alta genética de uma propriedade na localidade da Colônia Nova, interior do município Aceguá. Inclusive, por esse motivo, a operação recebeu o nome de Colônia. Segundo o delegado, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em várias propriedades rurais que eram gerenciadas pelos investigados.
Sete integrantes do bando foram presos, destes, dois com prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário da Comarca de Bagé, e cinco em flagrante pelos crimes de abigeato, organização criminosa, posse irregular de arma de fogo, crime ambiental e falsidade ideológica.
Detalhes da investigação
Conforme as investigações, o bando fraudava lançamentos nos sistemas informatizados da Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. Segundo a polícia, com o objetivo de maquiarem estoques em postos estratégicos.
Em uma das propriedades inspecionadas, em uma área com 25 hectares, os policiais localizaram 325 animais bovinos, porém, não havia registro do rebanho. Em outras propriedades, foram encontrados mais de 200 animais em campo, no entanto, os estoques do sistema de Defesa Agropecuária apontavam o saldo de zero.
Conforme os investigadores, as práticas ocorriam porque os acusados usavam notas e guias com origem falsas, muitas vezes, para movimentar animais furtados de um local para outro. Dessa forma, poderiam ter animais com origem desconhecida em propriedades que não seriam inspecionadas, pois não existiam perante a fiscalização.
Investigação cumpriu mandados de prisão e busca nos municípios da região
Investigação cumpriu mandados de prisão e busca nos municípios da região
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No curso das investigações, em uma das propriedades rurais dos investigados, na localidade do Espantoso, divisa entre os municípios de Bagé e Aceguá, em junho, os policiais encontraram brincos de gado queimados, alguns em bom estado de conservação.
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Durante as diligências, constataram que os brincos pertenciam a um lote de animais rastreados e que haviam sido furtados alguns meses antes. O furtou gerou prejuízo na ordem R$ 120 000 a um produtor do município de Aceguá. As investigações apontam que os animais foram carregados para frigorífico.
A polícia ainda realiza outras diligências para concluir o inquérito policial. Os presos foram todos encaminhados ao Presídio Regional de Bagé. As investigações são conduzidas pela Decrab/Bagé e conta com o apoio da Decrab/Santiago, Decrab/Cruz Alta, Delegacia de Polícia de Dom Pedrito, Delegacia de Polícia de São Gabriel, Delegacia de Polícia de Candiota, Delegacia de Polícia Pinheiro Machado, Deam/Bagé, Draco/Bagé, 1ª DP/Bagé, 2ª DP/Bagé, Delegacia Regional de Bagé, Delegacia Regional de Santana do Livramento, Secretaria Estadual de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Brigada Militar e fiscais da Prefeitura de Aceguá.
Fonte: Jornal Folha do Sul
