Onde e quem deve vacinar contra febre aftosa em 2024; veja o mapa

O objetivo é expandir as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e proporcionando benefícios significativos para os envolvidos e para a sociedade brasileira como um todo.

O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou hoje, através do Diário Oficial da União (DOU), a Portaria 665, que reconhece nacionalmente dezenove estados e o Distrito Federal como áreas livres de febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Esta medida representa um marco importante na gestão do Programa de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA), refletindo os esforços contínuos para fortalecer a saúde do rebanho bovino brasileiro.

Como parte desse processo, produtores rurais no estado do Pará são instados a realizar a última campanha de vacinação, antecipada conforme protocolo para suspensão da vacina, durante o período de 1º a 30 de abril. É crucial que bovinos e bubalinos de todas as idades sejam vacinados durante esse período.

A decisão foi resultado de deliberações na última reunião da Equipe Gestora Nacional (EGN), sob coordenação do Ministério da Agricultura, com a participação de diversos atores interessados na gestão do Programa. Os estados contemplados pertencem aos blocos II, III e IV do PE-PNEFA. Além disso, está prevista a antecipação da última etapa da campanha de vacinação de maio para abril de 2024.

Confira o mapa:

Foto: Redes sociais @nelore_modelo

Esta medida é parte integrante do Plano Estratégico, que visa criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre de febre aftosa. O objetivo é expandir as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e proporcionando benefícios significativos para os envolvidos e para a sociedade brasileira como um todo.

Atualmente, apenas seis estados brasileiros possuem certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. No entanto, esta medida visa ampliar esse status para outros estados e regiões, fortalecendo ainda mais a posição do Brasil no cenário global da pecuária.

Além disso, o Ministério da Agricultura também emitiu a Portaria nº 574, que proíbe o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa em determinados estados, como parte do Bloco IV do Plano Estratégico. Esses estados estão se preparando para mudar seu status para livres de febre aftosa sem vacinação, conforme as diretrizes estabelecidas.

O objetivo final é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026. Para alcançar esse objetivo, será implementada uma série de medidas restritivas na movimentação de animais e produtos entre estados que suspenderam a vacinação e aqueles que ainda a praticam. Isso é fundamental para atender aos requisitos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), cuja avaliação está programada para agosto de 2024. A suspensão da vacinação e a proibição de ingresso de animais vacinados serão requisitos essenciais para o reconhecimento internacional de zonas livres de febre aftosa sem vacinação.

Onde é quem deve vacinar contra febre aftosa em 2024; veja o mapa
Foto; Divulgação

Campanha

A mobilização para a vacinação contra a febre aftosa em maio e novembro de 2024 continua em andamento nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e em partes do Amazonas.

Os produtores devem adquirir as vacinas em revendas autorizadas e garantir que sejam armazenadas adequadamente, mantendo a temperatura entre 2°C e 8°C, desde a compra até o momento da aplicação, incluindo o transporte e a administração nas fazendas. A aplicação deve ser feita com agulhas novas, injetando uma dose de 2 mL na região do pescoço de cada animal, preferencialmente durante as horas mais frescas do dia para garantir uma contenção eficaz e uma aplicação segura da vacina.

Além da vacinação do rebanho, os produtores também devem declarar à autoridade sanitária animal de seus respectivos estados. Essa declaração deve ser feita dentro dos prazos estabelecidos pelo serviço veterinário estadual.

Para esclarecimentos adicionais, é recomendado que os produtores entrem em contato com o órgão responsável pela defesa sanitária animal de seu estado.

Escrito por Compre Rural

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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