Oferta de milho tem potencial para recorde; exportações seguem aquecidas

Nos estados do Sul, a colheita está em sua reta final e foi possível observar produtividades maiores do que as previamente esperadas no PR e SC.

A produção total brasileira de milho 2022/23 foi revisada para 131,34 milhões de toneladas pela StoneX (considerando as 3 safras), um recorde para o país. O número leva em consideração os ajustes positivos na safra verão e uma leve queda na ‘safrinha’.

No caso da safra de verão de milho 2022/23, a StoneX elevou sua estimativa de produção para 28,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,8% em relação ao seu relatório de março.

Nos estados do Sul, a colheita está em sua reta final e foi possível observar produtividades maiores do que as previamente esperadas no Paraná e Santa Catarina. Em São Paulo, apesar da redução na área plantada, a expectativa de maior produtividade resultou em uma oferta mais robusta no estado. Já no Maranhão, Tocantins, Piauí e Pará, o bom volume de chuvas ao longo das últimas semanas melhorou as condições hídricas das lavouras, resultando em expectativas mais favoráveis para a produção na região.

Em relação à segunda safra 2022/23, houve pequena retração de 0,3%, para 100,54 milhões de toneladas. “Grande parte da contração observada pode ser atribuída ao corte realizado no Paraná, onde o atraso no plantio deverá resultar em uma área e produtividade média menores que as esperadas anteriormente, com a janela da semeadura sendo ultrapassada”, explicou o analista de inteligência de mercado da StoneX, João Pedro Lopes.

O grupo também revisou para baixo a área plantada de Minas Gerais, motivado pelo receio com o clima e a expectativa menos favorável para os estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, que tiveram o plantio prejudicado pelo excesso de umidade. A queda não foi maior em função de perspectivas mais favoráveis para Mato Grosso, São Paulo e Pará.

No que diz respeito à demanda, existem alguns fatores que devem estimular a procura internacional pelo grão do Brasil, considerando os problemas enfrentados pela safra argentina, a imprevisibilidade ligada aos embarques ucranianos e o acordo para exportação do milho brasileiro para a China.

Com isso, a StoneX aumentou novamente sua estimativa de exportação para a temporada 2022/23, em 1 milhão de toneladas, para 48 milhões. Em meio às alterações realizadas, os estoques finais recuaram para 13,83 milhões de toneladas, o que representa uma relação estoque/uso de 10,7%.

Fonte: Assessoria Stonex

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