Oeste da Bahia bate recorde de produtividade graças a investimento de irrigação

Região possui mais de 15% das áreas irrigadas por pivô central no país e fechou safra de 2022/2023 com produção média acima da nacional.

De olho nesse potencial, a 18ª edição da Bahia Farm Show traz uma série de novidades no campo da irrigação: uma delas é a tecnologia pivô corner para irrigação, voltada para terreno com bordas irregulares. Presente em quase dois milhões de hectares (1,92 milhão), o sistema por pivô central é hoje o método de irrigação mais utilizado no Brasil, sendo usado em mais de 55% das áreas de agricultura irrigada do país. Boa parte dessas terras está num dos maiores polos brasileiros de irrigação: o oeste da Bahia. Para se ter uma ideia, desses quase dois milhões de hectares cobertos por pivôs, 15,3% estão em território baiano, segundo o Mapeamento Atualizado da Agricultura Irrigada por Pivôs Centrais no Brasil, um estudo produzido pela Agência Nacional das Águas (ANA), com dados de 2022.

De olho nesse potencial, a 18ª edição da Bahia Farm Show começa neste próximo dia 11 de junho (terça-feira) e segue até o dia 15 de junho (sábado), trazendo uma série de novidades tecnológicas no campo da irrigação agrícola. Um exemplo é o Custom Corner 9500CC Zimmatic, equipamento que usa o sistema de pivô corner, desenvolvido para proporcionar o máximo de aproveitamento das áreas, especialmente em terrenos com bordas irregulares.

Quem irá apresentar a novidade na feira, que será realizada no município de Luís Eduardo Magalhães, é o Grupo Pivot, rede com atuação nos estados da Bahia, Goiás, Minas Gerais e Tocantins, e uma das líderes nacionais na comercialização de maquinários agrícolas e sistemas de irrigação. De acordo com João Morais, gerente da unidade da Pivot em Luís Eduardo Magalhães, o Custom Corner 9500CC é um sistema desenvolvido pela multinacional americana Lindsay, detentora das marcas Zimmatic™ e FieldNET, que trouxe a novidade este ano para o Brasil. “A principal inovação desse sistema é a existência de um ‘braço extra’ ajustável, que pode cobrir bordas de terrenos irregulares ou com obstáculos, ampliando a área irrigada em até 25%”, explica o gerente.

Região possui mais de 15% das áreas irrigadas por pivô central no país e fechou safra de 2022/2023 com produção média acima da nacional.produção
Foto: Divulgação

Ele conta que a Pivot estará com um estande ainda maior este ano, para abrigar uma estrutura demonstrativa desse novo equipamento de irrigação por pivô central. João Morais também destaca o enorme potencial da agricultura irrigada no oeste baiano. “Nos últimos três anos essa região tem sido nossa maior compradora de sistemas e peças de irrigação, isso muito em função de seu grande potencial para agricultura irrigada, principalmente para produção de culturas como soja e algodão”, destaca o gerente.

Alta produtividade

E parece que o investimento em tecnologia de irrigação tem dado muito certo para a região, é o que indicam os números da última edição do Anuário da Região do Oeste da Bahia – Safra 2022/2023, elaborado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). De acordo com o documento, o último ciclo foi encerrado com excelentes números, tanto para a soja quanto para o algodão. Começando pela produção de soja: os dados da última safra chegaram próximo de 8 milhões de toneladas, um acréscimo de 7,5% em relação ao ciclo de 2021/2022. Outro número destacado no anuário é o da produtividade: na safra 2022/2023, a média de produção foi de 67 sacas por hectare, uma elevação de 4,5% em relação ao ciclo anterior, atingindo a melhor média de todo o Brasil. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produtividade média no país ficou próxima de 58 sacas de soja, ou seja, a média baiana está 12% superior à nacional.

Região possui mais de 15% das áreas irrigadas por pivô central no país e fechou safra de 2022/2023 com produção média acima da nacional.
Foto: Divulgação

Quanto ao algodão, outra cultura forte na região, o ciclo 2022/2023 também fechou com recorde em média de produtividade. Nos 312,6 mil hectares de lavouras ocupadas com a commodity, a Bahia produziu aproximadamente 615 mil toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade de 1.968 quilos de pluma por hectare. “Sem dúvida o investimento em irrigação, por parte dos produtores, tem sido o grande diferencial para o crescimento exponencial da agricultura no oeste baiano. Para se ter uma ideia, mesmo com uma quebra de safra, por conta da irregularidade das últimas chuvas, a região conseguiu manter uma alta produtividade, isso muito em função das propriedades que fazem uso da irrigação. Quem tem, manteve a alta produtividade, especialmente para o algodão, que está com ótimos preços e a expectativa de uma grande colheita. Inclusive, o algodão baiano, segundo os especialistas, é o que oferece hoje a fibra de melhor qualidade no mundo”, destaca o gerente da Pivot.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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