O que faz a vaca que perde a cria?

Essas perdas da vaca são frequentemente associadas a doenças reprodutivas, tanto de origem infecciosa quanto não infecciosa, que afetam diretamente o custo de produção das fazendas.

Quando uma vaca perde sua cria, diversas razões podem estar por trás desse acontecimento impactante. Essas perdas são frequentemente associadas a doenças reprodutivas, tanto de origem infecciosa quanto não infecciosa, que afetam diretamente o custo de produção das fazendas. Infelizmente, muitas vezes as medidas de diagnóstico e controle só são pensadas após a ocorrência do aborto, o que compromete a produção de leite, a reposição de animais e a taxa de descarte.

Motivos da perda

As doenças nas vacas reprodutivas de origem bacteriana são comuns e incluem a brucelose, leptospirose, campilobacteriose genital bovina (CGB), listeriose, salmonelose e clamidiose. A brucelose, por exemplo, é uma doença zoonótica causada pela Brucella abortus, que pode levar a abortos principalmente no final da gestação e ao nascimento de bezerros fracos. A leptospirose, por sua vez, é causada por bactérias do gênero Leptospira spp. e pode resultar em abortos intermitentes, entre outros sinais clínicos.

As doenças virais também desempenham um papel significativo nas perdas reprodutivas em bovinos. A Diarreia Viral Bovina (BVD), por exemplo, está associada a abortos em qualquer fase da gestação, enquanto a Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) pode causar abortos após o quarto mês de gestação. A Leucose Enzoótica Bovina, por sua vez, pode levar a abortos, além de outros problemas de saúde nos animais.

Além das doenças bacterianas e virais, protozoários também podem ser responsáveis por perdas reprodutivas. A neosporose e a tricomoníase bovina são exemplos dessas doenças, causando abortos e nascimentos de animais fracos.

O que faz a vaca que perde a cria?
Foto: Nelore Grupo Costa

O diagnóstico precoce e preciso das doenças reprodutivas é essencial para o controle eficaz desses problemas. Métodos como qPCR em tempo real, exame microbiológico e sorologia por ELISA são comumente utilizados para detectar os agentes causadores das doenças. No entanto, é importante ressaltar que a prevenção por meio de boas práticas de manejo e vacinação também desempenha um papel crucial na redução das perdas reprodutivas.

Diante desse cenário, é fundamental que os produtores estejam atentos aos sinais clínicos de doenças reprodutivas em seus rebanhos e adotem medidas preventivas adequadas para garantir a saúde e o bem-estar dos animais, além de evitar prejuízos econômicos.

Fonte: campoemercado.com.br

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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