Em relação ao que se observa no início de 2023, mantém-se a oferta de leite dos principais exportadores lácteos.
No âmbito da atividade anual Price Outlook 2023: estimativa do preço do leite e contexto internacional organizada pelo Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale) na semana passada, a economista Mercedes Baraibar, da Área de Informação e Estudos Econômicos, deu uma visão geral do que pode ser esperado para o mercado internacional de lácteos no futuro.
Nesse sentido, a especialista destacou a relevância para o Uruguai de analisar o que tem acontecido com o preço do leite em pó integral, já que representa 60% da pauta de exportação do país e é o principal produto de um concorrente direto como a Nova Zelândia.
Em relação ao que se observa no início de 2023, mantém-se a oferta de leite dos principais exportadores lácteos, embora existam expectativas de crescimento moderado segundo previsões de entidades como o USDA ou o Rabobank.
Já do lado da demanda, as expectativas se concentram na China, principal player importador de lácteos do mundo. “Com uma oferta de lácteos que cresce pouco ou está relativamente estagnada, o que acontecer com a China será decisivo para ver como evoluirão os preços do leite em pó integral”, disse Baraibar.
Um dos elementos onde ainda não há dados é sobre como o consumo tem se comportado após as medidas de relaxamento da política anti-covid-19 que a China resolveu em fevereiro passado, embora não haja elementos para pensar que a covid tenha desacelerado o crescimento “estrutural” do consumo da classe média de produtos alimentícios, como laticínios.
Para o primeiro semestre, a economista do Inale “não espera mudanças significativas” nos preços dos lácteos, embora possam haver altos e baixos em torno dos níveis atuais. “A China retomará os níveis mais altos de importação no segundo semestre”, previu Baraibar. Isso deve ter impacto numa recuperação dos valores caso o gigante asiático mantenha os níveis de compra dos últimos anos.
Fonte: Tardaguila
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