Praga que assola o produtor rural com a destruição das lavouras, morte de animais e até ataque aos seres humanos. Até quando a lei vai proteger os Javalis?
A única espécie animal cuja caça é permitida por lei hoje no Brasil é a do javali. Ainda assim, sob a premissa de controle populacional. Aquele que for pego caçando outra espécie que não o javali deve prestar contas à justiça pelos seus atos. Diante do fato de ser um animal exótico no Brasil, não ter predador e se reproduzir descontroladamente, a caça legalizada, ou seja, o abate é a melhor forma de controle, regida por legislações de órgãos e entidades competentes aos controles e fiscalizações.
O IBAMA é atualmente o órgão responsável pelas políticas de controle de javalis no Brasil. Compete ao órgão os estudos sobre a dispersão da espécie, bem como a autorização para o manejo (caça) dos animais em todos os estados. E você caçador e produtor, acredita que o sistema atual do Brasil é o mais eficiente para o controle dessa praga?
Os impactos causados pela invasão de javalis nas lavouras e as alternativas para enfrentamento e controle dessa espécie exótica invasora são gigantes e devem ter, no mínimo, uma maior atenção por parte dos “especialistas engravatados” quanto as normas e facilidade para a liberação da caça e abate dos javalis.
O Sistema FAEP/SENAR-PR lançou uma cartilha em que expõe os riscos causados por javalis em diversos âmbitos e que acabam por implicar em prejuízos econômicos, ambientais e sanitários.
Disponibilizado gratuitamente no site da entidade (www.sistemafaep.org.br), o material tem caráter orientativo e contempla desde o histórico do animal selvagem no Brasil até as normas para o controle populacional por meio da caça. A elaboração atende demandas surgidas em reunião da Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP.
Infelizmente, a cartilha mais uma vez vem apresentar o tamanho do problema, não o causado pelo javali, mas sim pela burocracia brasileira. ” Mais uma cartilha, dessa vez elaborada pelo @sistema.faep órgão que representa os produtores rurais do Paraná mostrando o resultado de como a burocracia publica de órgãos estaduais e federais podem proteger e promover a dispersão de uma suposta “praga”‘, é o que diz uma das publicações realizada pelos caçadores em relação a cartilha.
Confira a cartilha completa, clique aqui para baixar.
E ai caçador e produtor rural, o que achou? O momento é de união das classes para poder brigarmos por uma atitude eficiente e leis que permitam maior rapidez no abate dessas pragas!
Ainda segundo a publicação no Aqui Tem Javali, “Os caçadores cansaram de alertar sobre os efeitos das burocracias do IBAMA, a lerdeza do Exército e a repressão por vezes equivocada da PM Ambiental poderia causar, e os resultados estão aí, parabéns à todos os envolvidos que subescreveram no conforto do ar condicionado mais uma cartilha, na prática um verdadeiro diploma de incompetência aos envolvidos”, alerta o coordenador Rafael Salerno.
Histórico
A cartilha também faz um resgate do histórico da presença do javali na América do Sul. Introduzido no continente pela Argentina e Uruguai ao longo do século XX para fins de criação, os animais foram trazidos ao Brasil. No Paraná, os bichos começaram a ser criados no município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Posteriormente, na década de 1960, os javalis e javaporcos foram levados a Palmeira, nos Campos Gerais, de onde fugiram e/ou foram soltos, dando origem à superpopulação que, hoje, está disseminada pelo Estado.
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Os javalis são da família Suidade, com características físicas que variam por região por causa dos inúmeros tipos de cruzamentos. Em geral, os machos pesam entre 50 e 250 quilos e medem entre 1,40 e 1,80 metro, embora tenham havido registros de espécimes em dimensões ainda maiores.
O material foi publicado com colaboração do Mapa, Ibama, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto Água e Terra do Paraná, Associação Paranaense de Suinocultores, Sistema Ocepar e Exército Brasileiro.