Assim como nós, seres humanos, os equinos também envelhecem.
Se, para o homem, é considerado idoso aquele que tem idade igual ou superior a 60 anos, para os cavalos a idade que determina a velhice depende de uma série de fatores.
De maneira geral, eles podem chegar a completar 30 anos de idade ou mais. O garanhão Old Billy ultrapassou essa média e conquistou o recorde mundial de longevidade que se tem conhecimento até hoje. Era mestiço, de tração e morreu aos 62 anos em 1822, na Inglaterra. Esse não é um caso isolado. A proeza foi realizada por outros equinos em outras partes do mundo.
No entanto, a idade, por si só, não pode ser usada como critério de envelhecimento e de aposentadoria. É preciso levar em conta:
- a genética
- as características raciais
- o estado de saúde atual
- as condições de manejo a que foram submetidos ao longo do tempo
- principalmente a intensidade das atividades exigidas dos cavalos durante toda a vida e consequentemente os desgastes decorrentes delas.
Como exemplo, a médica veterinária e professora de Reprodução Animal/Equinocultura do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Denise Pereira Leme, cita o que ocorre em cavalos atletas. Assim como cada esporte tem uma idade adequada para o início dos treinamentos (doma) e longevidade de dedicação à prática esportiva, os desgastes para cada esporte também são diferentes e a hora de poupar os animais das atividades também é variável.
Já que no Brasil o uso do cavalo é bastante associado à utilidade para o homem, seja na lida no campo, nos esportes, no lazer, no uso militar, na equoterapia ou na reprodução, qualquer sinal de queda no desempenho pode definir a aposentadoria do animal e a incorporação de novos cuidados que proporcionem saúde e bem-estar por mais tempo.
A realidade dos criatórios no País reflete que os animais nestas condições seguem caminhos distintos, que dependem da atividade que exercem e do poder de decisão dos próprios donos. “Os animais de fazenda costumam permanecer nelas até a morte. Os animais de esporte, na maioria das vezes, vão sendo trocados de usuários, locais e atividades à medida que o rendimento diminui.
Alguns donos os mantêm em sítios, fazendas e centros equestres, onde terminam suas vidas a custos menores do que quando estavam em atividade, ou os doam, para que os novos donos assumam esta responsabilidade”, explica Denise.
FONTE:TESTE