Na criação e/ou seleção das raças zebuínas, todas com cupim, vemos que essa peça anatômica realmente não é um órgão acessório do corpo dos animais, mas parte bem comungada com o restante do todo.
Por José Otávio Lemos – Há alguns dias atrás, um facebookiano, em um grupo, questionava se o cupim da espécie zebuína teria algum valor. Meu primeiro ímpeto foi para respondê-lo com a afirmativa segura, e educadamente, de que a Natureza não é idiota. Faz tudo com sabedoria e no tempo certo.
O cupim ou giba. de acordo com a Fenética, parte da Biologia que classifica os seres vivos por similaridade fenotípica, é um forte elemento para colocar os indivíduos com isso num mesmo grupo, a espécie Bos indicus ou Bos taurus indicus ou Bos primigenius namandicus – o Zebu
Essa peça anatômica é uma modificação natural do músculo romboide. A medida que vemos grupos com cupins não muito característicos (nos machos tem que ser em formato de castanha de caju e nas fêmeas mais arredondados), seguramente não estaremos com animais com “genética pura zebuína”.
- Soja em Chicago tem manhã estável; leia a análise completa
- Nespresso reforça seu compromisso com a cafeicultura regenerativa na SIC 2024
- Confira a nota da ABCZ sobre a declaração do CEO da rede Carrefour na França
- Sustentabilidade, tecnologia e tendências de consumo são destaques no primeiro dia da Semana Internacional do Café
- ABIC realiza final do Campeonato Brasileiro de Blends de Café na SIC 2024, em Belo Horizonte (MG)
No verdadeiro Bos indicus, segundo os ensinamentos védicos, há uma veia no cupins chamada de Surya Ketu Nadi (Nadi). Exclusiva da espécie. Ela absorve todas as energias e radiações do sol, das estrelas, da lua e de outros corpos celestiais do universo e colocam-nas em produtos como leite, urina, excrementos. A giba do gado indiano, como uma antena de captação de energias positivas e que, na sequência, são distribuídas no corpo, na produção e ao redor do animal (em torno de 30 metros).
O cupim está presente em todas as raças zebuínas: Nelore e Nelore Mocho, Guzerá, InduBrasil, Brahman, Gir, Sindi e Tabapuã.
O cupim é a reprodução do movimento de criação e expansão do universo.
Estão por aí várias repetições espalhadas disso também, como exemplos: o pavilhão auditivo humano e de outros seres, a distribuição dos pelos no corpo ou no crânio a partir de um ponto ou vários, a formação dos caramujos…Inclusive no movimento helicoidal do DNA. Mais ainda, na composição da nossa árvore genealógica.
A sequência geométrica e numeral estabelecida por essas manifestações semelhantes e iguais em diferentes partes de várias imagens é bem matemática – Números de Fibonacci. Os números de Fibonacci aparecem na natureza com frequência suficiente para provar que refletem alguns padrões que ocorrem simultaneamente.
Dê uma boa olhada em si mesmo no espelho. Você notará que a maioria das partes do seu corpo segue os números um, dois, três e cinco. Você tem um nariz, dois olhos, três segmentos para cada membro e cinco dedos em cada mão. As proporções e medidas do corpo humano também podem ser divididas em termos da proporção áurea. As moléculas de DNA seguem essa sequência, medindo 34 angstroms longos e 21 angstroms de largura para cada ciclo completo da dupla hélice
Por que tantos padrões naturais refletem a sequencia de Leonardo Fibonacci (1170 – 1250)? Os cientistas ponderam essa questão há séculos.
Muitos dizem que, no nosso corpo, correntes helicoidais transportam no plasma partículas carregadas, brilhando como uma serpente luminoso-enroscada. E também este transporte acontece, quando partículas são aceleradas durante práticas mentais avançadas através de ondas eletromagnéticas irradiadas.
Na vivência da criação e/ou seleção das raças zebuínas, todas com cupim, vemos que essa peça anatômica realmente não é um órgão acessório do corpo dos animais, mas parte bem comungada com o restante do todo.
Durante muito tempo, o corte de carne chamado de cupim foi tratado com um certo desprezo. Pouco a pouco, os cozinheiros famosos (chefs) vão mostrando que se trata de um corte especial e, quando bem cozido e/ou assado tem um sabor inigualável. No Congresso Mundial Brahman 2016, na Austrália, um concurso gourmet com cupim. Sucesso e deleite para os que apreciaram os pratos lá preparados.
CUPIM
Peça anatômica modificada naturalmente do músculo romboide, nos machos tem que ser em formato de castanha de caju e nas fêmeas mais arredondados.
A forma com que a gordura é depositada entremeando o músculo rombóide nos leva a acreditar na reserva energética que permite as raças zebuínas enfrentarem bem as épocas de meio ambiente mais hostil, e os músculos do restante do corpo muito mais aptos para possibilitarem movimentos livres para distâncias maiores na busca de alimentos. A resistência desses “Bos” é bem maior que do Bos taurus taurus (Bos primigenius primigenius) e o Bos primigenius ophistocomus (o bovino africano), que chega mais próximo do Zebu. Por que? Ele é um fruto recente na evolução das espécies do cruzamento entre o Bos primigenius primigenius e o Bos primigenius namandicus.
- Soja em Chicago tem manhã estável; leia a análise completa
- Nespresso reforça seu compromisso com a cafeicultura regenerativa na SIC 2024
- Confira a nota da ABCZ sobre a declaração do CEO da rede Carrefour na França
- Sustentabilidade, tecnologia e tendências de consumo são destaques no primeiro dia da Semana Internacional do Café
- ABIC realiza final do Campeonato Brasileiro de Blends de Café na SIC 2024, em Belo Horizonte (MG)
Sem o cupim, certamente, o Zebu não seria Zebu, e não se fixaria como elemento essencial na pecuária bovina mundial de hoje, na qual a maior parte dos produtos consumidos pela humanidade é de origem na espécie Bos primogenius namandicus pura ou em cruzamentos com a Bos primogenius primigenius ou com a Bos primigenius ophistocomus, que, como expressado anteriormente, já tem grande porcentagem da genética zebuína nela, portanto até a evidência do cupim. Fácil de ver na raça Boran, Africander e outras africanas.
Como muito bem escreveu William Shakespeare em Hamlet: “Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”
*O Zootecnista José Otávio Lemos, produtor rural, jurado e conselheiro técnico da ABCZ e diretor da JOL Empresa Múltipla Assessoria e Consultoria.