O deputado federal classificou as invasões como ‘baderna’ e falou que estão relacionadas a ‘objetivos políticos’.
O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar as ações promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), afirmou nesta quinta-feira, 18, que “o bicho vai pegar” se as invasões em propriedades agrícolas ou privadas continuarem sendo realizadas pelo Brasil.
Em entrevista ao programa da Jovem Pan, o parlamentar explicou que o aspecto mais desafiador dessa CPI será tornar “não recomendável” as invasões, além de apontar responsáveis pelas ações promovidas pelo movimento. “Sabe que o bicho vai pegar se continuar a invadir. Mas por outro lado também seria importante a gente solucionar alguns problemas, modernizar o processo de titulação de áreas no Brasil e de regularização fundiária. Isto é fundamental”, comentou Salles.
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A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira, 17, a CPI do MST. Para a presidência, foi escolhido o deputado federal Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS). O colegiado indicou Salles para a relatoria. Os deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP), Fábio Costa (PP-AL) e Evair de Melo (PP-ES) foram eleitos vice-presidentes da comissão.
“Esta é uma CPI de extrema importância. Ninguém no Brasil, em todos os Estados da federação, tem achado a mínima graça dessas invasões de propriedade que cresceram enormemente no governo do presidente Lula em contraste do período do ex-presidente Bolsonaro”, disse o deputado durante o programa.
Salles classificou as invasões como “baderna” e falou que estão relacionadas a “objetivos políticos”. “Essa turma toda está promovendo uma baderna no país com objetivos claramente políticos de um lado. Não é atoa que isso recrudesceu no governo do Lula, porque até o governo do Bolsonaro essa turma estava bem quietinha. No governo Bolsonaro, ele cortou o dinheiro das entidades que triangulavam recursos para chegar nas invasões, manifestou uma repulsa e uma condenação moral sobre as invasões, ao contrário do Lula.
No atual governo, alguns dizem que são contra, e outros como o próprio presidente fazem esse carinho no MST. Então tem um problema de esquizofrenia política com relação as invasões de terra e de propriedade aqui no Brasil”, completou o deputado. As atividades da CPI começam dia 18 de maio e vão até 28 setembro deste ano – as sessões serão realizadas todas as terças e quintas-feiras. A próxima reunião será para apresentar o plano de trabalho da CPI e aprovação de requerimentos.
Fonte: Jovem Pan