Novilhas de primeira cria ainda estão desenvolvendo seus próprios corpos durante suas primeiras gestações, o custo adicional do estresse térmico seria significativo.
Bezerros nascidos de mães que sofrem estresse térmico durante o período seco têm menor transferência passiva de imunidade do colostro, em comparação com bezerros nascidos de mães resfriadas, de acordo com pesquisas realizadas nos últimos anos.
Mas e as novilhas de primeira cria, que tecnicamente não têm um período “seco” antes do parto? Historicamente, elas são consideradas mais tolerantes ao calor do que as vacas mais velhas, mas isso pode não ser totalmente verdade, especialmente para os bezerros que carregam.
Geoffrey Dahl, professor de Ciência Animal na Universidade da Flórida e pioneiro de algumas das pesquisas originais e importantes sobre resfriamento no período seco, agora explorou o impacto do estresse térmico em novilhas de primeira cria e seus descendentes.
Dahl e sua equipe publicaram recentemente os resultados de um estudo que examinou se o estresse térmico no final da gestação em novilhas de primeira cria teve algum impacto na produção de leite pós-parto ou no estado imunológico de seus filhotes. A estudante de pós-graduação, Brittney Davidson, liderou o estudo.
Os pesquisadores previram que, dado o crescimento exponencial da glândula mamária no final da gestação e o fato de que novilhas de primeira cria ainda estão desenvolvendo seus próprios corpos durante suas primeiras gestações, o custo adicional do estresse térmico seria significativo – e eles estavam certos.
No estudo, 30 novilhas holandesas em suas primeiras gestações foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos de 15 novilhas cada durante os últimos 60 dias de gestação. Um grupo foi resfriado com molhamento, ventiladores e sombra, enquanto o outro só tinha sombra. Ambos os grupos foram alojados em free-stalls com cama de areia e foram combinados como um único grupo de manejo após o parto.
O teste foi conduzido de junho a novembro, em condições ambientais típicas de calor e umidade da Flórida.
Antes do parto, as novilhas resfriadas tiveram taxas respiratórias e temperaturas retais significativamente mais baixas, confirmando que os métodos de resfriamento proporcionaram alívio do estresse térmico.
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Após o parto, os efeitos do resfriamento incluíram:
- Maior duração da gestação – As novilhas com acesso ao resfriamento ativo tiveram em média quase 4 dias a mais de gestação, o que os pesquisadores disseram estar associado a uma produção de leite subsequentemente maior.
- Maior produção de leite – A produção de leite nas primeiras 15 semanas de lactação foi significativamente maior para as novilhas resfriadas. Elas produziram uma média de 3,9 quilos por dia a mais do que as novilhas estressadas pelo calor. Não houve diferença significativa na composição do leite entre os dois grupos.
- Bezerros imunologicamente mais saudáveis – Bezerros nascidos de mães resfriadas tiveram maior transferência de IgG via colostro em comparação com os bezerros de novilhas estressadas pelo calor. Os pesquisadores observaram que esse status imunológico mais alto indicava maior potencial de sobrevivência dos bezerros de novilhas resfriadas.
Dahl observou que, embora o potencial futuro de produção de leite de novilhas nascidas de mães estressadas por calor neste estudo seja desconhecido, pesquisas anteriores em vacas multíparas mostraram que animais gestados por mães que sofrem estresse térmico terão uma redução significativa da produção de leite quanto eventualmente entrarem em lactação.
Fonte: Dairy Herd Management
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