Demanda externa por carne brasileira melhora com retorno da China às compras. Preços da @ do boi voltam a subir e animais jovens tem valorização!
O mercado do boi gordo registrou boa liquidez neste primeiro dia da semana, segundo relata a Informa Economics Consultoria. “Após um período de bastante incerteza e especulação, o mercado físico do boi parece ter encontrado um ponto de equilíbrio”, avalia a consultoria paulista.
Mais satisfeito com os preços da arroba, o pecuarista parece estar mais disposto a fechar negócio, avalia a FNP. Por sua vez, os frigoríficos continuam mantendo uma posição mais agressiva nos balcões de negócios, pois necessitam preencher as suas escalas de abate, que ainda estão curtas pela baixa oferta de boiada registrada nas últimas semanas.
Segundo o app da Agrobrazil, os pecuaristas de Porangatu/GO, tem informado negócios de R$ 195/@ com 30 dias para pagamento e abate para o dia 02 de abril. Já em Buritizeiro/MG, o valor é de R$ 200/@ com pagamento à vista e abate para o dia 06 de abril.
O que chamou atenção, desde o final da semana passada, é a valorização do animal jovem com a retomada da China as compras. A novilha China, animal mais procurado no momento, em Botucatu/SP, foi negociada por R$ 200/@ com 3 dias para pagamento e abate no dia 02 de abril. Já o boi gordo, padrão China, teve alta e foi negociado em Botucatu/SP a R$ 205/@ com 3 dias para pagar e abate para o dia 02 de abril.
Diante desse cenário, os preços do boi gordo subiram nesta segunda-feira em algumas importantes regiões pecuárias, como em algumas praças do Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Toncantins, de acordo com levantamento da FNP. Em São Paulo, se manteve firme, a R$ 204/@, a prazo.
No mercado atacadista, no fim de semana, houve diminuição nas vendas de cortes bovinos, pois muitos consumidores já haviam se abastecido para a reclusão social na última semana, observa a consultoria.
O período de final de mês (quando o poder aquisitivo da população é menor) também contribuiu para a menor liquidez de negócios, ressalta. “No entanto, espera-se para os próximos dias um aumento na demanda por carnes com a entrada de massa salarial do mês seguinte”, prevê a FNP.
No front externo, a retomada das atividades na China, principal destino da carne bovina brasileira, indica um possível aumento nas exportações de cortes bovinos. Ainda em relação ao mercado externo, a FNP destaca o embarque de animais vivos feito no último sábado pelo Rio Grande do Sul.
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Foram exportadas 21 mil cabeças de gado em pé para abate Halal, comum em países predominantemente muçulmanos. Segundo a FNP, a quantidade de animais vivos exportada foi recorde para o Estado e superior aos volumes que vinham sido registrados no País.
Confira as cotações:
- SP-Noroeste: R$ 204/@ a (prazo)
- MS-Dourados: R$ 187/@ (à vista)
- MS-C. Grande: R$ 189/@ (prazo)
- MS-Três Lagoas: R$ 189/@ (prazo)
- MT-Cáceres: R$ 187/@ (prazo)
- MT-Tangará: R$ 185/@ (prazo)
- MT-B. Garças: R$ 182/@ (prazo)
- MT-Cuiabá: R$ 177/@ (à vista)
- MT-Colíder: R$ 171/@ (à vista)
- GO-Goiânia: R$ 185/@ (prazo)
- GO-Sul: R$ 187/@ (prazo)
- PR-Maringá: R$ 192/@ (à vista)
- MG-Triângulo: R$ 182/@ (prazo)
- MG-B.H.: R$ 182/@ (prazo)
- BA-F. Santana: R$ 182/@ (à vista)
- RS-P.Alegre: R$ 192/@ (à vista)
- RS-Fronteira: R$ 189/@ (à vista)
- PA-Marabá: R$ 187/@ (prazo)
- PA-Redenção: R$ 185/@ (à vista)
- PA-Paragominas: R$ 187/@ (prazo)
- TO-Araguaína: R$ 182/@ (prazo)
- TO-Gurupi: R$ 177/@ (à vista)
- RO-Cacoal: R$ 170/@ (à vista)
- RJ-Campos: R$ 187/@ (prazo)
- MA-Açailândia: R$ 174/@ (à vista)
No estado do Mato Grosso, as referências para a arroba do boi gordo tem registrado valorizações nos últimos dias. Um dos fatores que tem contribuído para este cenário, é a retomada da China as compras de carne bovina in natura brasileira que aceleraram nos últimos três dias.
Segundo o Diretor Regional da Acrimat, Neto Gouveia, as plantas frigoríficas no estado estão ofertando preços melhores para a arroba do boi gordo. “As indústrias já estão comprando com os novos valores de R$ 190,00/@, porém a cotação que antes estava em R$ 210,00/@ chegou a ter ofertas de preços em R$ 170,00/@ e isso deixou o mercado muito caótico”, relata.
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Com relação aos custos de produção, a liderança destaca que a alimentação dos animais estão muito elevadas e o preço da arroba precisa acompanhar. “A proteína vermelha estava caminhando diferente das demais, isso é um grande problema. Nós precisamos da proteína vegetal para fazer a engorda e estávamos pagando muito caro, enquanto, a carne estava desvalorizada”, aponta.
Algumas indústrias no estados entraram em férias coletivas para evitar a disseminação do novo coronavírus e por falta de oferta de animais. “Com a recuperação dos preços, a cadeia volta a se recuperar e as seis indústrias, que estavam paradas, devem começar a retomar as atividades nos próximos dias”, comenta.
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