As expectativas de curto e médio prazo ainda apontam para manutenção de patamares firmes no preço da arroba; Novilha tinge maior valor da história!
O mercado do boi gordo abriu o primeiro dia da semana em ritmo lento de negócios, refletindo sobretudo a posição de cautela das indústrias frigoríficas, que ainda avaliam o comportamento das vendas de carne bovina durante o último fim de semana.
Independentemente do resultado do consumo apurado nos últimos dias, sabe-se que o escoamento dos cortes bovinos no mercado doméstico continua bastante fraco, refletindo o baixo poder aquisitivo da população (sobretudo neste período final de mês) e a crise atual econômica no País, consequência da pandemia da Covid-19.
“Algumas indústrias tentam oferecer valores mais baixos pelo gado na tentativa de equilibrar suas margens”, relata a IHS Markit. No entanto, a oferta restrita de boiadas terminadas, por sua vez, limita a pressão negativa na arroba, que segue firme nas principais praças pecuárias e oscilando em patamares recordes (preços nominais).
Segundo informações da IHS, nesta segunda-feira, algumas praças do Mato Groso registraram novas valorizações nas cotações do boi gordo, sustentadas, principalmente, pelo posicionamento firme plantas habilitadas para exportação com compromissos mais urgentes.
Em São Paulo, os frigoríficos também enfrentam dificuldades para comprar lotes de animais gordos, e as programações de abate são preenchidas, na maior parte das praças, com gado confinado comprado a termo, seguindo preços balizados pelo indicador Cepea/B3, que encerrou a última semana em R$ 255,65/@.
Em São Paulo – referência para outras praças do País –, o valor médio para o animal terminado saltou de R$ 254,85/@ na sexta-feira (25/9), para R$ 257,72/@, nesta segunda-feira (28/9), conforme dados informados no aplicativo da Agrobrazil. Já a praça de Goiás teve média de R$ 242,33/@, seguido por Mato Grosso Sul com valor de R$ 245,93/@.
O destaque ficou para as fêmeas, a novilha gorda saltou quase R$ 10/@ no início desta semana, ficando cotada a R$ 250/@ com pagamento à vista e abate para o dia 30 de setembro, conforme imagem abaixo:
O destaque vai para a vaca gorda, que ficou cotada em R$237,00/@, à vista, preço bruto, ou seja, variação positiva de 0,9% em relação à última sexta-feira (25/9).
Previsão de preços
As expectativas de curto e médio prazo ainda apontam para manutenção de patamares firmes no preço da arroba, prevê a IHS. “Com a virada do mês nesta semana e relativa recuperação do consumo doméstico, indústrias devem ter que trabalhar mais ativamente com complementar lacunas em suas as escalas, aumentando a demanda pela boiada para abater”, observa a consultoria. Além disso, o ritmo das exportações de carne bovina segue acelerado, outro fator positivo para o setor.
No atacado
Nos principais atacados brasileiros, a dinâmica de venda de carne ao longo do final de semana foi de estabilidade. A oferta de cortes bovina também segue regulada, reflexo da dificuldade das indústrias em avançar com as escalas de abate. O preço do couro bovino subiu para R$ 5,50/kg nesta segunda-feira.
No mercado atacadista, os preços da carne bovina tiveram leve alta em alguns cortes. Conforme Iglesias, os reajustes deverão se intensificar na primeira quinzena de outubro.
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Com isso, a ponta de agulha passou de R$ 14,20 para R$ 14,25 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,25 o quilo, e o corte traseiro seguiu em R$
18 o quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 1,49%, sendo negociado a R$ 5,6390 para venda e a R$ 5,6370 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5150 e a máxima de R$ 5,6760.
Compre Rural com informações da Agrobrazil, IHS Markit, Cepea, Agência Safras e Portal DBO