Novembro é mês de vacinação contra a febre aftosa

Lista dos estados que precisam ser imunizados neste mês, qual a idade dos animais que devem ser vacinados e novidades sobre dias de espera após a vacinação

O Brasil segue seu plano de tornar-se livre de febre aftosa sem vacinação, isso pode ser concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Para isso precisa seguir vacinando os bovinos e bubalinos em vários estados da federação. O acesso brasileiro para muitos mercados de primeira linha permaneceu limitado pelos receios em relação à doença altamente contagiosa que causa febre, bolhas na boca e rupturas nos pés de bovinos, suínos, assim como ovelhas, bodes e outros ruminantes de casco fendido.

Sete estados são reconhecidos como livres de aftosa sem vacinação a partir de setembro de 2020. A Ministra da Agricultura assinou uma instrução normativa reconhecendo como áreas livres de febre aftosa sem vacinação os Estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e parte dos Estados de Mato Grosso e do Amazonas. A vacinação estava suspensa em toda essa área desde o início de maio. Santa Catarina está há 20 anos sem vacina contra febre aftosa.

Outro detalhe importante foi o fim os 7 dias de espera após vacinação. Já está em vigor a Instrução Normativa nº 48/20 do Ministério da Agricultura, que permite ao produtor rural a emissão da GTA (Guia de Transporte Animal) imediatamente após vacinar e declarar a vacinação de seu gado. A partir de agora, ele poderá comercializar seus animais sem observar o prazo exigido anteriormente pela legislação, que era de 7 dias.

Etapa de vacinação contra a febre aftosa / novembro de 2020

De 1º a 30 novembro, a maioria dos estados brasileiros vai realizar a segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa. A expectativa é que sejam vacinados milhões de animais até o final dessa fase. Nos estados do AL, CE, ES, MA, MT, PA, PB, PE, PI, RN e SP, todo o rebanho bovino e bubalino (búfalos) deverá ser imunizado.

Já na BA, GO, MS (exceto no Pantanal), MG, RJ, SE e TO, além do Distrito Federal, a aplicação do dose de novembro é obrigatória apenas para os animais com até 24 meses de idade.

O criador deve estar atento aos aspectos práticos da imunização. O pecuarista precisa, por exemplo, pegar a nota fiscal da vacina com o fornecedor do produto e apresentá-la ao serviço veterinário oficial do município junto com a relação dos animais imunizados para declarar a vacinação. Além disso, ele deve ter cuidado com o transporte e armazenamento da vacina, procurando mantê-la sempre na temperatura de 2º a 8ºC para não perder a eficácia.

Outros detalhes importantes:

  • A partir da etapa maio/2019, serão utilizadas vacinas com doses de 2 ml;
  • Esterilização da agulha: O ideal é fazer em água fervendo por 10 a 15 minutos;
  • As doses das vacinas devem ser conservadas em uma temperatura média de 2 a 8 graus;
  • A dose da vacina é 2 ml e deve ser aplicada na ‘tábua’ do pescoço, por via subcutânea (embaixo da pele) ou intra-muscular (na carne).

O produtor deve ficar atento aos prazos da vacinação e sua declaração no serviço veterinário oficial, porque o descumprimento impedirá a emissão de Guia de Trânsito Animal e pode gerar multas.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM