
Mudança no clima dispensa uso de mão de obra e altera a cultura de plantação dos agricultores, que têm preferido produzir safras que não necessitam de escoamento
O escoamento de grãos, como soja e milho, é um processo diário realizado por produtores do interior de São Paulo. No entanto, a falta de movimentação preocupa os trabalhadores, que afirmam que a safra está menor do que a de 2024.
De acordo com a empresária Rosicléia Fátima Christal, proprietária de um secador localizado em José Bonifácio (SP), a capacidade de armazenagem é de 260 mil sacas, porém, atualmente, apenas 77% deste total está preenchido.
Uma das explicações da baixa de secagens de grãos é o clima seco deste ano. A soja, que é um dos principais grãos que necessitam do escoamento, não precisou do tratamento por conta do calor extremo. As safras já foram colhidas prontas para a venda.
Outra explicação é que, devido a uma mudança de cultura, os produtores começaram a plantar cana-de-açúcar. Um dos exemplos é Andre Luis Seixas, que mora em Ipiguá (SP) e é produtor de soja há dez anos.
O agricultor conta que, devido ao clima irregular da região, que resultou na falta de chuvas, decidiu parar com as plantações de soja – que necessitam de muita água – e apostar no plantio de cana. Diante disso, os 180 hectares disponíveis no campo do agricultor agora estão repletos de cana-de-açúcar.
O mercado de escoamento de grãos está enfrentando uma difícil fase e, no fim, isso se deve ao clima que está mudando os objetivos das plantações dos agricultores ou tornando desnecessário o uso da mão de obra.
Fonte: https://g1.globo.com/
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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