É o Plano Safra mais esperado dos últimos anos, por conta da grave crise financeira mundial que tem acarretado inflação crescente e alta nos custos de produção.
Às vésperas do anúncio oficial do Plano Safra 2022/2023, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu, nesta terça-feira (28), para debater o tema e a necessidade da inserção de novas instituições financeiras para facilitar o financiamento e a tomada de crédito dentro do setor agropecuário. Além dos parlamentares, a reunião contou com a presença do vice-presidente de Negócios da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo, que apresentou as propostas do banco para o agro brasileiro.
O presidente da FPA, deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), entende que este é o Plano Safra mais esperado dos últimos anos, por conta da grave crise financeira mundial que tem acarretado inflação crescente e alta nos custos de produção. “Em uma inflação que é global, não adianta o Brasil querer controlar problemas mundiais. Precisamos apresentar nosso plano e ajustar para que possa, imediatamente, ser aberto”.
A respeito da existência de recursos orçamentários para que a abertura ocorra logo após a apresentação, o deputado explica que parte considerável do pré-custeio já foi feito com o plano que encerra no próximo dia 30 e que o grande desafio do próximo Plano Safra é o volume de recursos e a taxa de juros.
“O volume está diretamente ligado à taxa de juros. Nós precisamos de recursos para o produtor fazer as operações de crédito. Estamos falando de um plano que inicia dia 1º de julho, então, lógico que não existe todo o recurso disponível. Mas estamos trabalhando junto ao Ministério da Economia e já ajustamos o volume de crédito para abrir o Plano Safra de imediato”, afirmou Sérgio Souza.
O deputado acrescentou a importância de unir instituições financeiras ao Plano Safra. Segundo o parlamentar, no último, mais de 20 bancos ou cooperativas estavam inseridos no Programa. “O aumento das instituições dá condições ao produtor rural para escolher uma melhor tarifa e garante competitividade. Isso é desenvolvimento para o setor e crescimento para o Brasil”, disse.
Caixa Econômica e o agro
A reunião teve a presença do vice-presidente de Negócios da Caixa Econômica Federal, Celso Leonardo, que afirmou que o agro é uma prioridade do banco. De acordo com ele, todas as áreas têm se dedicado para o crescimento do setor e, por isso, a instituição fará parte novamente do Plano Safra. “Estamos presentes novamente, pois temos capilaridade, capacidade de entrega. Nós vamos ter um ano safra muito forte na Caixa, porque temos recursos e apetite para emprestar dinheiro para todo o país e nos transformarmos em um banco com a cara do setor agropecuário”.
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Celso ressalta que o banco avançou com 100 agências novas só para o setor, já que entendem que o produtor rural deseja a presença da instituição no campo, à par do que acontece no meio rural. “O produtor quer que a gente conheça as preocupações e prioridades, desde o pequeno ao grande agricultor. Eles querem agilidade porque sabem que o setor movimenta a economia do país e faz o Brasil crescer, e nós entendemos o recado”, garantiu.
Para o deputado federal Giovani Cherini (PL-RS), as novas possibilidades para o agro são sempre bem-vindas. De acordo com o membro da FPA, é preciso dar alternativas financeiras para garantir o desenvolvimento do setor. “É fundamental que a alternativa seja atrativa, com financiamentos diferenciados, o entendimento do que o pequeno e o grande produtor necessitam. Ao que parece, a Caixa entendeu essa dinâmica e poderá contribuir bastante conosco”, finalizou.