Kangayan foi importada da Índia é de porte mediano e com aptidão para pecuária de corte, são poucos criadores no Brasil que tem exemplares da raça.
Importado da Índia, animais foram trazidos para o Brasil em 1962. Próprio do sul da Índia, o gado da raça kangayan (ou Cangaian e Kangaian) é de porte mediano e com aptidão para a carne. A rusticidade é a principal característica do animal, que foi trazido para o Brasil em 1962.
Se você está pensando que estes animais são primos do guzerá, sinto em informar que não. Na coloração da pele eles até se parecem, mas as pesquisas indicam que as duas raças não tem parentesco nenhum. Uma das diferenças é o formato dos chifres.
Ao contrário dos outros bovinos, os guampos nascem no topo da cabeça, bem próximos um do outro, e seguem para o alto. Quando o animal atinge a idade mais adulta, por volta dos 9, 10 anos, as duas pontas se encontram lá em cima, formando um X. O kangayan não apresenta bainha e o umbigo é quase imperceptível. Segundo o criador Arlindo Drummond, é o animal que mais se parece com o antílope, provável ancestral dos bovinos.
O kangayan veio para o Brasil em 1962, última importação de animais da índia. Nenê Costa trouxe para Barretos, no interior de São Paulo, um macho e duas fêmeas. Um tempo depois, parte desse gado foi levado por Joãosito Andrade para a Bahia. Um casal ficou em Barretos com Rubico de Carvalho. E há 15 anos, Arlindo Drummond reuniu esses dois grupos aqui no triangulo mineiro.
Confira fotos dos animais no final do artigo
- Veja o touro que surpreendeu à todos!
- Touro Nelore valoriza e chega a quase R$ 2 milhões
- 60% dos pecuaristas em atividade vão desaparecer em 20 anos
- Cota de touro Nelore é vendida por mais de R$ 1 milhão
- Raçador Backup: Touro Nelore nos deixou há três anos
- TOP 10: Melhores Touros Nelore de 2018
No Haras Barreiro, no município de Ituiutaba, tem um plantel com 100 cabeças. E tudo indica que são as únicas no país. Rebanho fechado, sem nenhum cruzamento com outras linhagens, nem raças. Arlindo Drummond busca a pureza a todo custo. Para ele, quando as raças se misturam nunca mais voltam a ser puras.
Lentamente o rebanho vai crescendo e cada vez ficando mais puro. Por enquanto, Arlindo não tem interesse comercial nesses animais. A raça está sendo muito bem guardada para o futuro. Afinal é um banco genético de primeira qualidade. Arlindo conta que quando acontece uma seca muito forte na região o gado responde muito bem. É a rusticidade do zebu no mais puro dos significados.
- ALERTA LARANJA: INMET prevê chuvas intensas de até 100 mm; confira as regiões em risco
- China: importação de milho e trigo cai, enquanto cresce a de soja
- Rodovias têm melhor nível histórico, diz governo, mas CNT aponta dados divergentes
- São Paulo criará fundo de defesa estadual de sanidade animal, diz governador
- Ele foi eleito o Melhor Bife do Mundo e surpreendeu os brasileiros
O corpo é amplo e relativamente comprido; o peito é amplo e com boa cobertura muscular e de gordura; o tronco é compacto e forte; a garupa é relativamente comprida e caída; a cauda é comprida e com vassoura escura; o umbigo é curto; as coxas são relativamente desenvolvidas e com uma ótima cobertura muscular; membros curtos, fortes e com bom aprumo; cascos são pretos.
Características indesejáveis da raça:
- Cabeça exageradamente grande com perfil côncavo;
- Orelhas grandes;
- Espelho nasal claro;
- Chifres móveis;
- Peito estreito;
- Giba tombada para um dos lados;
- Tórax deprimido;
- Umbigo penduloso;
- Vassoura da cauda clara;
- Membros muito compridos;
- Aprumos defeituosos;
- Cascos claros;
- Criptorquidismo e monorquidismo;
- Vulva atrofiada;
- Feminilidade nos machos e fêmeas masculinizadas.