Os prejuízos com a aftosa podem ser grandes, com a perda de apetite e peso dos animais, crescimento retardado, febre, abortos, infertilidade e até a morte.
*Artigo publicado originalmente no blog da Fundação Roge
A Febre aftosa é uma doença extremamente infecciosa e altamente contagiosa que ataca a todos os animais de casco fendido e em todas as idades, principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos, independente de sexo, raça, clima, etc.
É considerada uma zoonose, ou seja, é transmissível ao ser humano, mas segundo o site Agrolink, apesar de ser considerada uma zoonose, raramente o homem se infecta e adoece, pois é um hospedeiro acidental e apresenta grande resistência ao vírus. Os casos de Febre aftosa em humanos estão geralmente associados a exposição massiva ao vírus ou a queda de imunidade da pessoa.
Por que é difícil acabar com a Aftosa?
Pelo menos seis tipos de vírus transmitem a Febre Aftosa pelo ar, pela água e alimentos. Se o rebanho for imune contra um dos vírus, ainda pode ser atacado pelos outros, o que torna a doença de difícil erradicação.
O vírus passa à saliva e com a baba infecta os alojamentos, os pastos e as estradas onde passa o animal doente. Resiste durante meses em carcaças congeladas, principalmente na medula óssea. Dura muito tempo na erva dos pastos e na forragem ensilada. Persiste por tempo prolongado na farinha de ossos, nos couros e nos fardos de feno.
Também as pessoas que cuidam dos animais doentes levam em suas mãos, na roupa ou nos calçados, o vírus, o qual é capaz de contaminar animais sadios.
Quais os prejuízos para o produtor?
Do pequeno ao grande produtor, os prejuízos com a aftosa podem ser grandes, com a perda de apetite e peso dos animais, crescimento retardado, febre, abortos, infertilidade e até a morte. O rebanho com a febre aftosa também fica mais sensível a outros tipos de doenças.
Propriedades afetadas são interditadas e impedidas de exportar carne e outros derivados.
Como identificar a doença?
Animais afetados pela Febre Aftosa podem apresentar:
- Elevação da temperatura;
- Diminuição do apetite;
- Vesículas na língua, lábios e gengivas que causam dificuldade em se alimentar;
- Vesículas entre os cascos, que causam dificuldade de locomoção;
- Excesso de baba;
- Vesículas nas tetas;
- Queda da produção de leite;
- Ruído específico na mastigação, chamado “beijo da aftosa”
Todos os animais do rebanho apresentam os sintomas praticamente ao mesmo tempo. Geralmente, a mortalidade é baixa nos adultos e elevada nos jovens , principalmente os em aleitamento, porque as mães não os deixam mamar. Os animais que sobrevivem podem ter uma recuperação demorada e ficarem com lesões cardíacas irrecuperáveis, bem como as perdas de tetas.
Como proteger seu rebanho?
Segundo artigo da Coordenadoria de Defesa Agropecuária de SP, vale destacar:
- Vacinação do rebanho feita de forma regular, de 6 em 6 meses a partir do 3° mês de idade ou quando o Médico Veterinário recomendar.
- Revacinação dos animais que receberam a primeira dose de vacina, 90 dias após a primeira vacinação.
- Suspeitando da existência da doença em sua propriedade ou na de vizinhos, avisar imediatamente o Médico Veterinário.
- Confirmada a doença, isolar os animais doentes, proibir a entrada e saída de veículos, pessoas e animais, instalar pedilúvios com desinfetantes e seguir as orientações do Médico Veterinário.
- Quando comprar animais, exigir que os mesmos estejam vacinados.
- Só fazer o transporte com atestado de vacinação.
- As vacas prenhes devem ser vacinadas para que possam proteger o bezerro através do colostro.
- A vacinação não causa aborto nos animais. Cuidados especiais devem ser tomados no manejo das vacas prenhes, pois é o mau manejo que poderá causar aborto e nunca a vacina.
- Exigir sempre que o revendedor acondicione bem e faça o transporte correto das vacinas.
- Animais vindos de outras propriedades devem ser isolados, vacinados e observados por um período mínimo de 15 dias, antes de serem misturados com os outros animais da propriedade.
- Nos recintos de exposições, feiras e remates, devem ser adotadas rígidas medidas de higiene e desinfecção, e se a situação exigir, as autoridades sanitárias podem suspender os referidos eventos.
- É muito importante o pecuarista conhecer bem a Febre Aftosa, para que ao aparecer a doença em animais de seu rebanho, ele esteja capacitado para adotar medidas sanitárias, visando seu controle.
- Seguir sempre corretamente as orientações do Médico Veterinário, mantendo contato constante com o mesmo para esclarecimentos necessários.
A vacinação
No Brasil, a vacinação periódica contra a Febre Aftosa é obrigatória em bovinos (bois e vacas) e bubalinos (búfalos). Em geral, aplicações de 6 em 6 meses, a partir do 3° mês de idade. Cada região faz as campanhas de vacinação em meses específicos, como Março e Setembro, ou Maio e Novembro.
É preciso estar atento às datas das campanhas e seguir à risca as recomendações do fabricante da vacina em relação à dosagem, tempo de validade, método de conservação e outros pormenores.
Manter a vacinação dos rebanhos leiteiros em dia é de extrema importância. Adquira a vacina contra a Febre Aftosa na nossa loja AgroROGE: