Fávaro participou da 1º festa da Colheita da Soja Livre de Transgênico, realizada pelo MST, na comunidade Fidel Castro, no Paraná.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu que “não existem duas agriculturas”, ao mencionar que todos que desejam trabalhar com agricultura devem ter direito a uma propriedade.
Fávaro, no entanto, pontuou que os grandes e médios agricultores são importantes para o crescimento do Brasil, mas, em relação à agricultura familiar, possuem maior capacidade de progredir sem uma rede de apoio.
“Os pequenos e os agricultores familiares são tão ou mais competentes, mas precisam de apoio para prosperar, como acesso a crédito, juros compatíveis, assistência técnica e incentivo às cooperativas”, explicou o ministro.
O discurso foi feito na 1º festa da Colheita da Soja Livre de Transgênico do Paraná, realizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na comunidade Fidel Castro, em Centenário do Sul, região norte do estado.
“Passei pelos dissabores e pela ausência do poder público para poder atuar na minha vocação. Então, ver esse movimento ‘tecnificado’, cooperativista, que gera renda e dignidade para homens e mulheres, é gratificante”, complementou Fávaro, agradecendo por estar em um evento em sua terra natal.
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, reforçou a importância da construção de assentamentos e fez alusão à dificuldade que os moradores do litoral norte de São Paulo estão enfrentando após as fortes chuvas. “Quando assisti ao desmoronamento em São Sebastião tive a certeza de que tínhamos falhado, porque se alguém está morando na ponta do morro, significa que o Brasil negou uma terra para morar”, afirmou.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (Incra), prefeitos e autoridades estaduais também estiveram presentes no evento.
Também deputada federal, Gleisi destacou o valor simbólico de o governo estar presente em um assentamento. “Acreditamos na reforma agrária, na agricultura familiar e no alimento saudável. Lutamos por uma rede de cooperativas que dá sustentação, que faz com que a vida de milhares de famílias melhore e movimente a economia da região”, disse.
Diego Moreira, integrante do Setor Nacional de Produção do MST, explicou que o Movimento tem avançado na organização de cadeias de produção, e agora expande também para a soja livre de transgênicos.
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A intenção é organizar a cadeia produtiva completa da soja, desde a produção de sementes, passando pela produção de grãos, até a posterior industrialização e comercialização.
“Estamos também trabalhando na perspectiva de construir a agroindústria, tanto para a produção de óleo, quanto para ração, para agregar valor, mas também para transformar a soja numa cadeia produtiva importante para a agricultura familiar, para os assentamentos da reforma agrária”, comentou o dirigente.
Fonte: Estadão Conteúdo
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