Na guerra pelo hidrogênio verde, Pernambuco sai na frente e já produz H2V

O processo de hidrogênio verde da White Martins se deve ao fato de, em Pernambuco a empresa que está presente no Brasil há mais de 110 anos.

Em julho, a Bahia anunciou a primeira fábrica de hidrogênio verde do Brasil. Ela deverá entrar em operação até o fim de 2023, no Polo Industrial de Camaçari. Na semana passada, a EDP Brasil anunciou que produziu a primeira molécula no Projeto Piloto de H2 no Complexo Termelétrico do Pecém (UTE Pecém).

Mas este mês, a White Martins, em Pernambuco, recebeu o Green Hydrogen Certification, pela produção de hidrogênio verde neutro em carbono (H2V) na sua planta de Suape, a primeira a produzir hidrogênio verde em escala industrial no País e na América do Sul com estimativa de 156 toneladas/ano.

O processo da White Martins se deve ao fato de, em Pernambuco, a empresa que está presente no Brasil há mais de 110 anos, já vir fornecendo gases medicinais e industriais. 

White Martins representa no Brasil a Linde, líder global em produção, processamento, armazenamento e distribuição de hidrogênio. Ela tem a maior capacidade e o maior sistema de distribuição de hidrogênio líquido. 

O selo Green Hydrogen Certification é a referência mundial em certificação, para seu processo de produção de hidrogênio verde neutro em carbono (H2V).

Em Pernambuco, a White Martins opera duas plantas que foram absorvidas pela Linde na América do Sul que a gora está sob o guarda-chuva da companhia presidida por Gilney Bastos.

Ao comunicar a certificação, Bastos disse que a White Martins tem mais de 40 anos de experiência na produção de hidrogênio no Brasil e estamos disponibilizando ao mercado toda a nossa expertise global para que o País se torne uma referência mundial na produção de hidrogênio verde.”

Em Pernambuco, a White Martins poderá receber até 1,6 MW de energia solar que é utilizada no processo de eletrólise da água, que separa as moléculas de hidrogênio das moléculas de oxigênio.

A empresa representa na América do Sul a Linde, líder global em produção, processamento, armazenamento e distribuição de hidrogênio, com a maior capacidade e o maior sistema de distribuição de hidrogênio líquido. A Linde opera a primeira caverna de armazenamento de hidrogênio de alta pureza do mundo.

Ceará quer polo em Pecém

No Ceará, a planta de Hidrogênio Verde (Pecém H2V) da EDP é um projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da UTE Pecém que deve gerar o combustível limpo com garantia de origem renovável, além de desenvolver um roadmap com análises de cenários de escalabilidade, considerando todos os elos da cadeia de produção do hidrogênio.

No processo de produção da primeira molécula de Hidrogênio Verde (H2V) em sua nova unidade de geração localizada em São Gonçalo do Amarante a EDP contou com parcerias importantes como a da Hytron, fornecedora da eletrólise e, como executoras do projeto. O investimento no projeto é de R$ 42 milhões e a unidade será inaugurada em janeiro de 2023.

Junto com a EDP estão o Grupo Gesel, que avaliou cenários da escalabilidade da produção de H2, identificando a viabilidade econômica, setorial e mercadológica do projeto; a IATI, com o estudo de viabilidade técnica e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Na Bahia, a primeira fábrica de hidrogênio verde do Brasil tem investimento inicial de US$ 120 milhões (R$ 650 milhões, na cotação atual), a fábrica terá capacidade de produção de 10 mil toneladas/ano de hidrogênio verde, que serão convertidas, nesse primeiro momento, em 60 mil toneladas/ano de amônia verde.

Na segunda fase do projeto, prevista para entrar em operação até 2025, a Unigel pretende quadruplicar a produção de hidrogênio e amônia verdes.

Suape também fará H2V

Além da planta da White Martins, Pernambuco trabalha com o projeto francesa no Complexo Industrial e Portuário de Suape onde a empresa aprovou a manifestação de interesse para o primeiro projeto de produção de hidrogênio verde e azul.

O arrendamento será feito por 25 anos, renovável por igual período, para produção de hidrogênio verde, azul com captura de carbono e amônia. A operação comercial da primeira fase está prevista para o quarto ano de desenvolvimento.

Qair indicou o interesse em uma segunda área, de cerca de 50 hectares, dentro do polígono de Suape, que pode ser aberta para concorrência em 2023.

Além da planta de Pernambuco, a White Martins assinou memorandos de Entendimento com os governos dos Estados do Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e com os complexos portuários de Pecém, no Ceará, e do Açu, no Rio de Janeiro, para a realização de estudos de viabilidade para implantação de projetos de hidrogênio verde e de amônia verde.

Fonte: COLUNA JC NEGÓCIOS

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