“Saímos com desafio de, seguindo as diretrizes da Faesc, ampliar a participação das mulheres no sistema sindical e desenvolver sua capacidade de liderança”.
A assessora jurídica e de arrecadação da Faesc e coordenadora do departamento sindical, Andreia Barbieri Zanluchi, e a presidente do Sindicato Rural de Correia Pinto, Juceli Beatriz Mesquita Batista, representaram o Sistema Faesc/Senar-SC no encontro da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no fim de março, em Brasília.
A programação iniciou na manhã do dia 20 com apresentação do papel das comissões no Sistema CNA, explanação sobre a realidade dos Grupos de Mulheres nos estados e a agenda estratégica do colegiado para 2023.
Na visão de Andreia e Juceli, o evento foi importante para alinhar as ações que serão desenvolvidas a partir de agora. “O Sistema Faesc/Senar vem desempenhando um trabalho importante com as mulheres do meio rural em Santa Catarina e os resultados são expressivos. Cada vez mais elas estão presentes na gestão das propriedades, estão empreendendo em novos negócios e ocupam cargos estratégicos de empresas e entidades do setor. Esse encontro foi fundamental para trocarmos experiências com representantes de outros estados, conhecer os eixos de atuação da comissão e discutir medidas para ampliar iniciativas que desenvolvam habilidades de liderança no público feminino do campo”, completou Andreia.
Andreia comentou, ainda, sobre os próximos passos para avançar ainda mais no estado. “Saímos com desafio de, seguindo as diretrizes da Faesc, ampliar a participação das mulheres no sistema sindical e desenvolver sua capacidade de liderança no setor agropecuário por meio de Programa de Fortalecimento das Lideranças, que consiste em conhecer e atuar junto ao sistema CNA/Faesc, Sindicatos Rurais e o setor agropecuário no desenvolvimento de lideranças locais; no apoio na criação das Comissões de Mulheres do Agro nos Sindicatos Rurais e no incentivo à representação dos produtores em reuniões, fóruns e em ações estratégicas com os poderes executivo e legislativo”, concluiu.
O presidente do Sistema Faesc/Senar/SC e vice-presidente de finanças da CNA, José Zeferino Pedrozo, frisou que a Comissão Nacional das Mulheres do Agro será essencial para consolidar ainda mais o trabalho realizado com o público feminino do campo em Santa Catarina e em todo o país. “É uma satisfação ter nosso estado representado nessa iniciativa tão importante para a formação de novas líderes no agronegócio brasileiro. As mulheres vêm conquistando protagonismo nos mais diversos segmentos do setor produtivo e, com o trabalho alinhado desse grupo, será possível impulsionar ainda mais o desenvolvimento do setor”.
No encontro, a presidente da Comissão, Stéphanie Ferreira, afirmou que um dos objetivos do grupo é preparar as representantes para atuarem nos estados. O diretor técnico da Confederação, Bruno Lucchi, falou sobre a missão do Sistema CNA/Senar e a importância das comissões nacionais para discutir temas de interesse do setor agropecuário. “Hoje existem 18 comissões na CNA. Uma das principais funções é receber demandas dos produtores, elaborar, discutir e encaminhar propostas para melhoria do setor”.
A programação teve oficinas para discutir a realidade das mulheres do setor agropecuário e as estratégias para aumentar a participação feminina nos sindicatos rurais. O consultor Celso Garcia conduziu os debates. “Uma pesquisa da Global Women Leaders revela que as mulheres representaram apenas 12% dos cargos de liderança em organizações internacionais entre 1945 e 2023. Existe um grande desafio em todos os setores e no agro não é diferente. É necessário trabalhar essa representatividade das mulheres no sistema”, disse Garcia.
A coordenadora de Relações Institucionais da CNA, Maísa Barbosa, deu um panorama da participação das mulheres no poder legislativo brasileiro. “Atualmente 18% do total de parlamentares no Congresso Nacional são representados por mulheres. Diversas deputadas e senadoras estão à frente de comissões e debates importantes para o país”, expôs Maísa.
A Comissão também discutiu os projetos de lei e iniciativas dos poderes legislativo e executivo com foco no público feminino e a importância da aproximação com parlamentares para o avanço de debates que beneficiem as mulheres. “Mapeamos e identificamos alguns Ministérios que possam ter relação com a comissão e algumas secretarias com potencial para articular e definir uma agenda com as representantes”, explicou a assessora técnica da CNA, Kelly Nascimento.
Comissão das Mulheres do Agro
O grupo foi lançado em agosto de 2022 e teve os trabalhos iniciados em fevereiro deste ano. A Comissão já conta com 54 representantes e possui três eixos de atuação: programa de fortalecimento das lideranças, criação de comissões estaduais de mulheres e representação política do Sistema CNA/Senar.
As principais ações previstas são realizar diagnósticos, apoiar e auxiliar a implantação de comissões estaduais, realizar um encontro nacional de mulheres, criar um programa de fortalecimento de lideranças femininas e representar o sistema em fóruns e eventos.
Fonte: Com informações da assessoria da CNA
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