MT tem aumento notável do boi gordo e surpreende; veja cotações

De acordo com análises, Mato Grosso teve um aumento notável em seus preços, resultado do aperto das escalas de abate no estado; confira as cotações nas principais praças do Brasil

O mercado físico do boi gordo continua a mostrar preços acomodados em grande parte do Brasil, enquanto algumas regiões registram movimentos de alta, como é o caso de Mato Grosso.

De acordo com análises, Mato Grosso teve um aumento mais notável em seus preços, resultado do aperto das escalas de abate no estado – entenderemos melhor a seguir. Por outro lado, Rondônia e Pará demonstram um cenário mais confortável para as indústrias, com escalas bem posicionadas e tentativas de compra em patamares mais baixos.

Fernando Henrique Iglesias, analista da Consultoria Safras & Mercado, comenta: “As pastagens oferecem respaldo aos pecuaristas, que seguem cadenciando o ritmo dos negócios. Ainda é possível que haja maior disponibilidade de animais para o abate entre os meses de maio e junho, quando as pastagens não terão condições tão boas assim.”

Nas praças pecuárias paulistas, poucos negócios foram reportados nesta terça-feira (23/4), repetindo o movimento observado no dia anterior, informa a Scot. Segundo a consultoria, entre as indústrias paulistas, as escalas de abate permanecem, em média, para 9 dias úteis, com os pecuaristas ditando o ritmo dos negócios em função da ainda boa condição de suporte das pastagens.

Na região Sudoeste de Mato Grosso, de acordo com a mesma consultoria, as temperaturas vêm aumentando mais que o esperado. “Em grande parte do Estado, ultrapassou em 1,5°C a temperatura média”, relata a consultoria. Contudo, o maior volume de chuvas que vem ocorrendo em abril contribuiu com a melhoria das pastagens na região, permitindo melhora na capacidade de suporte, o que possibilitou aos pecuaristas trabalhar com maior cautela nas vendas de boiadas gordas, acrescenta a Scot.

Dessa forma, na região, a oferta de compra melhorou em R$ 5/@ para a novilha, agora negociada em R$ 205/@, enquanto o boi gordo e a vaca gorda seguem com preços estáveis nessa mesma praça, em R$ 212/@ e R$ 195/@, respectivamente. O “boi-China”, por sua vez, valendo R$ 220/@, um ágio de R$ 8/@ em relação ao boi comum.

Preços da arroba do boi

  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 215,44
  • Belo Horizonte (MG): R$ 207,20
  • Norte de Minas Gerais (MG): R$ 215,00
  • Sul de Minas Gerais (MG): R$ 213,00
  • Goiânia (GO): R$ 215,71
  • Região Sul de Goiás (GO): R$ 213,23
  • Dourados (MS): R$ 223,17
  • Campo Grande (MS): R$ 223,40
  • Três Lagoas (MS): R$ 215,00
  • Sul da Bahia (BA): R$ 212,10
  • Oeste da Bahia (BA): R$ 213,00
  • Norte de Mato Grosso (MT): R$ 206,77
  • Sudoeste de Mato Grosso (MT): R$ 211,87
  • Região de Cuiabá (MT): R$ 213,52
  • Sudeste de Mato Grosso (MT): R$ 211,64
  • Marabá (PA): R$ 211,32
  • Redenção (PA): R$ 209,50
  • Paragominas (PA): R$ 223,00
  • Sudeste de Rondônia (RO): R$ 188,70
  • Sul do Tocantins (TO): R$ 205,33
  • Norte do Tocantins (TO): R$ 211,85

De acordo com o indicador do boi gordo CEPEA/B3, divulgado em 23/04/2024, o valor da arroba do boi gordo atingiu R$ 233,95, representando um aumento de 1,28% em relação ao dia anterior. No mês, a variação foi de 0,71%, com o valor convertido para US$ 45,61. Os dados indicam uma estabilidade geral nos preços, com algumas variações regionais.

Mercado atacadista

No mercado atacadista, os preços permaneceram mistos, com uma reposição mais lenta nesta semana devido a um consumo deprimido, especialmente nesta fase do mês. “O cenário das proteínas concorrentes acentua essa situação, com a carne de frango e carne suína apresentando movimento intenso de queda, resultando em perda de competitividade da carne bovina no mercado doméstico. A boa notícia é que o fluxo de exportação segue representativo”, afirma Iglesias.

As cotações de algumas partes do boi variaram: o quarto traseiro subiu para R$ 17,50 por quilo, enquanto o quarto dianteiro caiu para R$ 14,00 por quilo e a ponta de agulha foi precificada a R$ 13,00 por quilo.

Escrito por Compre Rural.

VEJA TAMBÉM:

ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM