MT produz mais bezerros para ter oferta de bois no futuro

Estado produz 4,06 milhões de cabeças de animais jovens (até 12 meses de idade) em 2020, aumento de 6% sobre a quantidade registrada em 2018, de 3,84 milhões de cabeças, segundo Imea.

A atual escassez de animais para abate no Mato Grosso reflete, além do período de entressafra, a menor número de bezerros nascidos em 2017/18 no Estado. No entanto, dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado do Mato Grosso (Indea-MT), divulgados nesta terça-feira ((6/10) pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), mostram que a oferta de animais terminados tende a melhorar no Estado nos próximos anos, devido ao aumento verificado na produção de bezerros deste ano.

Em 2020, foram produzidas 4,07 milhões de cabeças (considerando animais até 12 meses), o que significa elevação de quase 6% sobre a quantidade registrada em 2018, de 3,84 milhões de cabeças, de acordo com o Imea. Em 2019, a produção de bezerros no Mato Grosso alcançou patamar semelhante ao de 2018 – 3,86 milhões de cabeças.

Imea acompanha escalas de abate no MT

No início do ano, com a baixa demanda comum para o período, as escalas de abate das indústrias frigoríficas do Mato Grosso estavam mais longas, relatam os analistas do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim pecuário semanal divulgado nesta terça-feira.

Em janeiro/20, a média das programações de abate foi de 6,91 dias. Em fevereiro/20, as escalas atingiram o pico (até agora) de 2020, batendo 7,05 dias, o que indicava um cenário confortável para a compra de animais.

Porém, com a crise do novo coronavírus e a queda na oferta de bovinos, em março/20 houve recuo mensal de 17,24% nas programações de abate, ficando em 5,84 dias. Em abril, o cenário foi ainda pior, com o menor patamar do ano: escalas de apenas 5,22 dias.

Mais recentemente, em setembro, continua o Imea, a oferta de gado ainda não deu sinais de forte recuperação e as escalas seguiram em decréscimo mensal, agora de 8,27% e média de 6 dias.

“Para os próximos meses, há indícios de uma constante do atual cenário, uma vez que a disponibilidade de animais segue restrita, o que, inclusive, poderá ser um movimento atípico para o período”, prevê o Imea.

Com informações do Portal DBO

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