MT: preço do leite pago ao produtor tem alta de 3,44%

De acordo com dados da Secex, o Brasil exportou 4,3 mil toneladas de derivados lácteos, o que significa um aumento de 57,53% em comparação ao mês de março.

As exportações de lácteos do Brasil atingiram, em abril deste ano, volumes recordes nos últimos cinco anos. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 4,3 mil toneladas de derivados lácteos, o que significa um aumento de 57,53% em comparação ao mês de março.

Em abril, só um país foi responsável por 44,16% do volume exportado. Com a aquisição de 1,9 mil toneladas de produtos lácteos brasileiros, a Argélia foi o principal agente, e foi o que puxou as exportações para o recorde alcançado.

Contudo, conforme dados preliminares da Secex, até o dia 28/05 as saídas de lácteos referentes a maio somavam 3,1 mil toneladas. Logo, apesar da queda de 27,28% em relação ao mês de abril, o volume já exportado em maio é 18,27% maior que a média dos quatro primeiros meses do ano, sendo recorde para um período de baixa produtividade.

O preço do leite pago ao produtor em maio, referente ao volume captado em abril, foi cotado a R$ 1,66/l, resultando no acréscimo mensal de 3,44%

Em abril, o índice de captação reduziu 4,52% ante o mês anterior. Este cenário esteve pautado na menor oferta de matéria-prima no estado. No mercado atacadista, após seis meses em queda, o preço do queijo muçarela apresentou alta de 5,66% no comparativo mensal, e fechou a R$ 21,99/kg. O índice de captação de leite do Imea vem apresentando seguidas quedas desde o início do ano.

Apesar de ser um período de chuvas e alta produtividade, no 1º trimestre de 2021,  o índice médio foi de 68,26 em MT. A média de captação dos três primeiros meses do ano de 2021 é 10,06% menor se comparado com a média do mesmo período do ano passado (75,89). Como citado anteriormente, o início do ano é o período de maior concentração de chuvas, logo, com um pasto jovem e abundante, o rendimento tende a ser maior nas fazendas leiteiras. 

No 1° trimestre deste ano, o volume total de chuva foi de 76,05 mil mm em todo o MT, ou seja, 8,59% maior que o do ano de 2020 e 3,33% superior ao volume apresentado no 1º trimetre de 2019. Logo, apesar de a precipitação dos três primeiros meses de 2021 ser superior à dos últimos dois anos, isso não se refletiu no índice de captação, visto que outros fatores, como o custo com alimentação, que desestimula a produção, além do baixo nível de precipitação ocorrido entre setembro e dezembro de 2020.

As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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