MST leva terror ao campo com novas invasões, e agora?

Confirmando a iniciativa de “levar terror ao campo” com a vitória de Lula ao poder, MST inicia suas invasões. Segundo a empresa, imóvel faz parte do rol de projetos de silvicultura e também beneficia a comunidade local.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra segue realizando invasões pelo Brasil. Cerca de 250 famílias ligadas ao MST invadiram, agora, duas fazendas na região da Chapada Diamantina, na Bahia, no último fim de semana. Os terrenos ficam entre os municípios de Maracás, Planaltino e Irajuba. Segundo a organização, a área pertence à empresa Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) e estava “improdutiva”, após ter sido “abandonada há anos”. MAIS UMA VEZ O MST MENTE E LEVA DESTRUIÇÃO E TERROR AO CAMPO, ATÉ QUANDO SERÃO IMPUNES?

A Ferbasa, em razão de recente notícia veiculada em diversas mídias eletrônicas, informou que, de fato, uma de suas propriedades rurais, a Fazenda Reunidas Redenção, localizada no município de Planaltino, na Bahia, teve parte de sua área invadida por grupo identificado como integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), correspondente a aproximadamente 05 de um total de 580 hectares.

A companhia afirmou que, diferente do que foi transmitido pelo MST aos órgãos de imprensa, o imóvel objeto do esbulho não somente integra o rol de projetos de silvicultura da companhia que se encontram em pleno desenvolvimento na região, mas também beneficia a comunidade local, através da cessão em comodato para uma associação local de produtores de leite, que utiliza parte do citado imóvel para pastagem e manejo bovino.

Segundo afirmou o MST ao Estadão, a área pertencente à empresa estava “improdutiva”, após ter sido “abandonada há anos”. De acordo com a nota da Ferbasa, as atividades da companhia permanecem inalteradas, sem qualquer prejuízo identificado.

Segundo o movimento, os terrenos da Ferbasa eram destinados à monocultura de eucalipto. O MST chega a alegar que a empresa foi à falência e que a área estava abandonada. A Ferbasa é do ramo de mineração e possui papéis ativos na bolsa de valores.

A companhia reiterou em comunicado que “preza pela austeridade na gestão de seus recursos visando à perenidade dos seus negócios, não havendo, portanto, qualquer instabilidade ou insegurança no que tange à sua saúde financeira”.

Por fim, a Ferbasa informa que as medidas judiciais cabíveis estão sendo adotadas e conduzidas pelo Jurídico da companhia.

A invasão é a 17ª realizada pelo MST na Bahia em 2022. Segundo o movimento, as famílias que estão nesses terrenos “viviam nas periferias e passavam dificuldades”, e agora se organizam para iniciar a produção de alimentos na área ocupada. A entidade prevê manter “atividades agroecológicas”, com a produção principalmente de arroz, entre outros cultivos.

Governo Lula nem tomou posse e a invasões já começaram

Principal líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) , João Pedro Stedile já havia anunciado o retorno de “ mobilizações de massa ” caso o ex-presidente Lula fosse vitorioso das eleições de outubro – as declarações de Stedile foram feitas em um podcast divulgado na página do movimento na internet.

O aceno à possível retomada das invasões de fazendas com uma eventual vitória de Lula representara uma interrupção na série histórica de queda de ocupações ilegais de propriedades rurais

Levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) mostra que desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) invasões de terra vêm apresentando redução significativa. Nos oito anos de FHC, foram 2.442 invasões, média de 305 por ano. Nos dois mandatos de Lula (2003-2010), a média foi de 246 ocupações ao ano, ou 1.968 no período. Na administração Dilma Rousseff (2011-2016) foram 162, em média, por ano e sob Michel Temer (2016-2018), a média anual foi de 27. No governo do presidente Jair Bolsonaro , o Incra informa que foram nove invasões por ano .

Lula e as invasões de terra, por Xico Graziano

Quando Lula, antes ainda de vencer a eleição, disse que o MST não invade terras produtivas, ele faltou com a verdade. Omitiu seus próprios atos. Em decorrência das invasões, sempre conturbadas, o Incra passou a realizar verdadeiros negócios com proprietários rurais. Contaminados pela política corrupta, viraram negociatas.

Quem entende desse assunto sabe que era corriqueiro fazendeiros endividados organizarem, eles mesmos, “invasões” de suas terras, com o intuito de vende-las por elevado valor ao governo.

Operava no governo Lula uma verdadeira indústria da invasão de terras.

Tais conflitos agrários servem de roteiro político para a invasão e posterior compra das terras via Incra. A escolha pouco tem a ver com a produtividade das fazendas. Bilhões de reais são gastos para driblar a Justiça e atender ao MST. Posso afirmar, seguramente, que acabou o tempo da reforma agrária no Brasil. A tarefa agora é tentar viabilizar os assentamentos rurais, que atenderam perto de 1 milhão de famílias.

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