MST causa terror e invade mais duas fazendas; Vídeo

Segundo o Grupo Invasor, as terras estão ‘abandonadas’, as áreas Fazenda Sinésio Tripp e Fazenda São Jorge Correia, possuem juntas mais de 3.200 hectares de terra. Veja abaixo!

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam duas fazendas no Vale do Jiquiriçá em duas semanas. Na madrugada desse domingo (05), cerca de 250 famílias do MST ocupam duas fazendas. As áreas Fazenda Sinésio Tripp e Fazenda São Jorge Correia, possuem juntas mais de 3 mil hectares de terra, informações do Cidade Digital. A alegação da ocupação é que as terras estariam supostamente abandonadas a muitos anos sem cumprir sua função social. 

A primeira ação ocorreu no dia (30/01), quando homens e mulheres caracterizados de assentados com bandeira e bonés do MST ocuparam uma fazenda que funcionava como sede da extinta EBDAEmpresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, entre os municípios de Jaguaquara e Itiruçu.

Neste domingo (05), integrantes do mesmo grupo adentraram numa estruturada fazenda que fica às margens da BA-250, denominada Fazenda São Jorge Correia, pertencente a herdeiros de um fazendeiro da região, com 200 hectares.

De acordo com o movimento, esta é a quinta ocupação realizada pelo MST na Bahia em 2023, que vem organizando famílias nas periferias das cidades que estão sem emprego, falta de comida e sofrendo, segundo eles “diante dessa crise deixada por todo país pelo governo Bolsonaro de não ter feito a reforma agrária para quem não têm terra“, dizem integrantes das invasões.  

Os desafios das família será de produzir alimentos saudáveis para suas mesas e ao mesmo tempo comercializar nas feiras das cidades da região. O MST incentiva a produção de alimentos sem uso de veneno e que não coloca em risco a saúde alimentar da sociedade segundo informações das lideranças do movimento.

No local, líderes do movimento se reuniram por volta das 16h, mas não quiseram falar com à imprensa, afirmando que não estariam orientados a conceder entrevista, alegando que houve distorção de informações sobre a primeira invasão, ou ocupação, ocorrida na semana passada. Durante a reunião na cancela da fazenda, um dos representantes pediu a união dos participantes.

Foto: Itirucuonline
Foto: Itirucuonline
Foto: Itirucuonline
Foto: Itirucuonline

Resumo das invasões

  • Primeira fazenda: Sinésio Tripp
    – 3 mil hectares
    – 200 famílias
  • Segunda Fazenda: São Jorge correia
    – 200 hectares
    – 50 famílias

Nós temos que nos unir, porque serão três anos de luta para que a gente possa garantir terras. Aqui, nós somos todos iguais, temos o mesmo direito. Governo só trabalha com pressão. O nosso movimento é referência para o Brasil”, disse um home.

A fome se alastrou por todo Brasil e o MST terá essa missão junto ao presidente Lula de acabar ela.

No ato anterior, quando a fazenda da EBDA foi ocupada, o líder do movimento da região da Chapada Diamantina, Abraão Brito da Silva falou em vídeos que circularam na rede social, tendo  afirmado que o objetivo da ocupação é obter uma resposta do Governo para criação de assentamentos.

A nossa trajetória é ocupar terras para produzir alimentos. O MST não ocupa terra que não seja improdutiva e sempre procura o diálogo”, justificou Abraão, que fez críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o acusando de ter beneficiado empresários ligados ao agronegócio e de não dialogar com o MST no Brasil.

No mesmo território de identidade, no Vale, eles já teriam ocupado, em novembro do ano passado a Fazenda Gentil, no município de Maracás e a Fazenda Redenção, localizada entre Planaltino e Irajuba. Na ocasião, o Movimento chegou a emitir uma nota.

Foto: Itirucuonline

“As famílias são de trabalhadoras e trabalhadores que viviam nas periferias e estão passando dificuldades. Os agricultores já se organizam para a produção de alimentos e construção dos barracos para moradia”, disse, em nota que justificava as intervenções em propriedades rurais da região em 2022.

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