Atualmente o estado irriga 265 mil hectares, enquanto, segundo o Mapa teria possibilidade de irrigar 4,7 milhões de hectares. Confira abaixo!
Mato Grosso do Sul poderia sofrer menos com estiagem e aumentar consideravelmente sua produção agrícola, caso explorado o potencial de irrigação. Atualmente o estado irriga 265 mil hectares, enquanto, segundo o Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, teria possibilidade de irrigar 4,7 milhões de hectares.
Os números foram apresentados pelo Secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, durante o evento de comemoração dos 70 anos do SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho), que se estende até sábado (10).
As áreas que produtores rurais de Mato Grosso do Sul irrigam atualmente, dedicam-se a culturas como arroz, café, cana-de-açúcar, e culturas anuais (em pivôs centrais). No topo do ranking dos municípios que mais se utilizam dessa tecnologia, em primeiro lugar está Rio Brilhante, seguido de Dourados e Nova Andradina.
“Temos um potencial muito grande de aumentar nossa área de irrigação no estado de Mato Grosso do Sul”, explica o representante do Mapa, referindo-se ao estudo realizado pelo Mapa e pela Agência Nacional de Águas.
“Os problemas que aflige Mato Grosso do Sul [para avançar na irrigação], não são diferentes dos problemas nacionais: outorga de área irrigada, construção de barramentos, e outra questão importante que, surpreendentemente, Mato Grosso do Sul ainda tem, como a energia elétrica. Fui procurado por produtores de Três Lagoas, ao lado do complexo de Jupiá – Urubupungá, com problemas de energia elétrica, por mais absurdo que possa parecer”, sinaliza Camargo.
Segundo ele, resolvendo esses três problemas, MS pode aumentar sua área irrigada, avançar na produtividade, evoluir quanto a fixação de carbono e evitar resiliências de preços, em época de crise hídrica, como a atual.
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“Acredito muito que MS pode ser o estado de baixo carbono, o estado do ILPF, o estado da agricultura irrigada, o estado que vai agregar valor, e assim como a carne carbono zero, vamos ter a soja baixo carbono, a cana de baixo carbono, o algodão de baixo carbono […] acredito muito na fala do governador [Reinaldo Azambuja], em que se refere a Mato Grosso do Sul, como o estado da sustentabilidade e deve ser o estado do baixo carbono na sua agropecuária” finaliza.
O evento de comemoração dos 70 anos do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, se estende até o próximo sábado (10), com mais apresentações sobre irrigação, nutrição animal e capacitação. As palestras são gratuitas, pelo site: srcg.com.br.
Fonte: Agroagência