“Essa doença não é mais novidade para o produtor de soja, que ano a ano vem melhorando a tecnologia e os manejos em suas fazendas.”
O clima quente e úmido tem colocado o sojicultor sul-mato-grossense em alerta. Isso porque a condição é favorável para a ocorrência de ferrugem asiática, doença causada pelo fungo (Phakopsora pachyrhizi), que pode reduzir a produção de soja em até 90%.
De acordo com o Consórcio Antiferrugem, o Mato Grosso do sul contabiliza 13 ocorrências do patógeno distribuídas nos seguintes municípios: Amambai, 1; Aral Moreira, 1; Bonito,1; Caarapó, 2; Chapadão do Sul, 2; Dourados, 1; Ivinhema, 1; Laguna Carapã, 1; Maracaju, 1 e Sidrolândia, 2. As plantas em estádio fenológico R5 são as que acumulam o maior número de casos, contudo, a doença também já foi identificada em R4 e R6.
O presidente da Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul -APROSOJA/MS, André Dobashi salienta que “essa doença não é mais novidade para o produtor de soja, que ano a ano vem melhorando a tecnologia e os manejos em suas fazendas, no intuito de evitar ou reduzir os danos causados pelo fungo. Contudo, sempre é válido alertarmos quanto à necessidade de monitoramento e práticas assertivas para um controle eficiente”.
Neste sentido, Dobashi explicou ainda, que as boas práticas para o enfrentamento da ferrugem iniciam na entressafra, com o controle de plantas voluntárias no vazio sanitário. A semeadura antecipada, quando permitida pelas condições climáticas, é uma boa alternativa para reduzir os riscos, já que a presença do patógeno aumenta conforme o andamento do ciclo de cultivo. O monitoramento constante é outro aliado do produtor, pois, a partir dele é possível identificar a doença no início do ciclo, aumentando a eficiência dos produtos controladores
Os sintomas causados pelo fungo iniciam no terço inferior das plantas, com pequenas lesões escurecidas na face adaxial (superior) e estruturas de reprodução do patógeno na face abaxial (inferior) das folhas. Com a evolução da doença, as pontuações aumentam, fazendo com que a área fotossinteticamente ativa seja reduzida, causando amarelecimento e queda das folhas. A partir disso, a produção de fotoassimilados é comprometida, prejudicando o enchimento dos grãos e consequentemente, a produtividade das áreas.
Fonte: Aprosoja MS
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