A vítima possuía várias fazendas no sudeste do estado e era considerado um dos pecuaristas mais ricos da região do Pará. Ele foi morto em uma emboscada!
A Polícia Civil está investigando o assassinato do fazendeiro Marcão do Boi, de 63 anos, executado em uma emboscada na manhã de domingo (13) na zona rural de Abel Figueiredo, no sudeste do estado.
Na manhã deste domingo, 13, o fazendeiro e empresário Marcus Nogueira Dias, mais conhecido como “Marcão do Boi”, um dos homens mais ricos do município de Rondon do Pará, foi executado a tiros por pistoleiros, na porteira de uma de suas fazendas, localizada na zona rural do município de Abel Figueiredo, sudeste paraaense.
A vítima possuía várias fazendas no sudeste do estado e era considerado um dos pecuaristas mais ricos da região.
De acordo com informações levantadas pela polícia, Marcão se deslocava para uma de suas propriedades em Abel Figueiredo, e ao descer do veículo para abrir a porteira, foi surpreendido pelos pistoleiros e alvejado com vários tiros, vindo a morrer no local.
Os assassinos fugiram sem levar nada da vítima. O corpo do pecuarista foi removido para o Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, onde passou por perícia e foi liberado para velório e sepultamento.
Um dia antes de morrer, Marcão do Boi postou em seu status nas redes sociais que não sabia como ainda estava vivo. Ele costumava emprestar dinheiro a juros a vários empresários da região, a quem ele chamou de ladrões.
“Tenho sido machucado por pessoas que dei minha vida, exemplo, Décio Barroso R$ 118 milhões, correntão rural R$ 13.890.000.00; Zé Miranda R$ 7.100, 000, 00 (sete milhões e R$ 100 mil), Valério Pimenta R$ 278 mil. Não sei como ainda estou vivo, é só pela misericórdia de Deus”, disse.
O fazendeiro morava em Rondon do Pará, onde o corpo será sepultado. O caso segue sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Rondon do Pará.
Em 2009, Marcão do Boi e um filho tiveram seus nomes envolvidos na morte de um líder rural. Naquele ano, um grupo de pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiu a fazenda Pau Terra, em Rondon do Pará, a qual pertence a Marcão, ocasião em que o líder Saturnino Pereira Silva foi morto a tiros, gerando uma série de tensões na luta pela posse da terra na região.
À época, José Dias Costa Neto, o “Zezinho”, filho do fazendeiro, e Marcão do Boi foram acusados pelo Ministério Público do Estado do Pará de serem os mandantes do assassinato do trabalhador rural. No entanto, os dois respondiam ao processo em liberdade. Marcão também apareceu por duas vezes na lista do Ministério do Trabalho por submeter trabalhadores a regime de escravidão.
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O Departamento de Homicídios da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil investiga o crime.
Um dos pecuaristas chamados de ladrão por Marcão do Boi em sua postagem, conhecido por Delsão, é Délcio José Barroso Nunes, que já foi condenado a 12 anos de prisão por mandar matar o sindicalista José Dutra da Costa, o “Dezinho”, em 2000.