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Segundo a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), o caso vinha sendo monitorado desde o início do mês, quando às vigilâncias sanitárias dos municípios foram comunicadas da suspeita de raiva animal.
As propriedades rurais dos municípios de Filadélfia e Ponto Novo, na Bahia, estão em alerta sanitário, após a confirmação de um caso de morte de um bovino por raiva na região.
Segundo a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), o caso vinha sendo monitorado desde o início do mês, quando às vigilâncias sanitárias dos municípios foram comunicadas da suspeita de raiva animal. A confirmação da morte pela doença que pode ser transmitida ao homem ocorreu na sexta-feira passada pelo Laboratório Central da Bahia (Lacen).
“Mesmo sem a confirmação laboratorial, nos antecipamos para impedir um possível avanço da doença e a contaminação de seres humanos”, disse Maurício Bacelar, diretor-geral da autarquia. As prefeituras já foram comunicadas do resultado.
“O grande problema é a falta de notificação sobre a morte de animais aos órgãos competentes, pois os produtores não têm feito essa comunicação que é obrigatória e o risco sanitário é imenso. Como sabem, a raiva é uma zoonose letal”, alerta a médica veterinária Luciana Teixeira, do escritório da agência, em Senhor do Bonfim.
A veterinária foi a responsável por percorrer diversas propriedades após ouvir comentários nas ruas e feiras livres de que havia casos de mortalidade de bovinos e equídeos com sintomatologia nervosa.
“Visitamos muitas fazendas, sítios e comunidades e a resposta vinha sempre negativa, as pessoas ficam temerosas de relatar os casos, no entanto, o pior pode acontecer pois os fazendeiros e trabalhadores, sem nenhum cuidado e proteção, tentam dar remédios aos animais doentes, forçam para abrir a boca dos bichos e entram em contato direto com eles, o que pode causar contaminação”, disse.
O entorno da propriedade onde morreu o animal vítima de raiva não foi informado pela Adab, segundo a qual o local está sendo monitorado para a adoção de medidas de prevenção, como vacinação dos rebanhos, notificação de mortalidades e identificação de possíveis abrigos de morcegos hematófagos.
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“O mais importante e o que pode salvar vidas é a atitude certa no tempo correto. Quem teve contato com os animais doentes ou suspeitos deverá procurar imediatamente o posto médico mais próximo”, declarou Luciana Teixeira.
“É preciso que os produtores nos informem caso algum bovino, caprino, ovino ou equino apresente aumento da salivação, fezes secas e escuras, andar cambaleante e paralisia dos membros posteriores, sintomas conhecidos da raiva, para que medidas corretas possam ser adotadas de forma urgente”.
Fonte: Canal Rural