Lenda era um clone da raça Holandesa nascido em 04 de setembro de 2003, produzido a partir de células da granulosa retiradas de um outro animal morto.
“Lenda” da Embrapa, primeiro bovino clonado a partir de células somáticas a chegar à idade adulta no Brasil, e segundo animal clonado pela equipe de reprodução animal da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, morreu em 18 de maio de 2020 aos quase 17 anos de idade.
Lenda era um clone da raça Holandesa nascido em 04 de setembro de 2003, produzido a partir de células da granulosa retiradas de um outro animal morto, exemplo de possibilidade de recuperação e maximização do uso de germoplasma de animais de mérito genético superior.
Lenda foi prova de que animais clonados podem ter vida semelhante aos demais, pois teve um desenvolvimento completamente normal e produziu quatro gerações de filhos, comprovando sua capacidade reprodutiva. Além disto, viveu por quase 17 anos, o que para um bovino é uma idade avançada.
Ela vinha em um emagrecimento progressivo e nos últimos dois dias estava muito fraca e acabou vindo a óbito. Após seu exame de necrópsia, não foram constatadas alterações significativas, a não ser pela sua dentição gasta, compatível à sua idade e que provavelmente contribuiu para seu emagrecimento. Coletou-se ainda amostras de células para armazenamento em banco genético da Embrapa e para futuras análises moleculares.
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A equipe da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia também produziu outros clones bovinos como a “Vitória da Embrapa” (2001), primeiro animal clonado na América Latina e “Porã” e “Potira” (2005) da raça Junqueira, que encontrava-se à época em risco de extinção no Brasil.
Estes resultados demonstraram o protagonismo na clonagem de bovinos da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que desenvolve estudos em biotécnicas avançadas de reprodução animal, genética molecular e epigenética, entre outros nas áreas animal, vegetal e de microrganismos.
As informações são da Embrapa.