O problema é que parte dos laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura não está autorizada a usar a nova técnica.
A partir desta sexta-feira, 24, testes para identificação de mormo não poderão ser realizados pelo método de fixação de complemento. A mudança preocupa criadores de cavalo, pois alguns laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura ainda não têm autorização para adotar o novo método, chamado de Elisa.
No Rio Grande do Sul, o médico veterinário Henrique Noronha afirma que a mudança prejudica muito a logística dos exames. “Pode também encarecer demais esse processo para os criadores e proprietários de cavalos”, diz.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal, alguns desses laboratórios já entraram com pedidos de autorização. “Vamos dar a celeridade que o processo requer. Assim que concluírem a implantação eles podem retomar. Entendemos que os produtores vão ter a cobertura necessária para realização dos testes.”
Entenda
O mormo que atinge equinos é altamente contagioso, não tem cura e exige que os animais sejam sacrificados. O Rio Grande do Sul registrou o primeiro caso da doença em 2015. Até 2017, foram 47 identificações de foco. No ano passado, o estado chegou a se mobilizar para pedir a certificação de zona livre, mas surgiram seis novos focos na região. Este ano, dois casos foram confirmados em fevereiro.
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O Ministério da Agricultura publicou uma portaria instituindo a transição do método de fixação de complemento para o Elisa. O documento deu o prazo de dois anos para que todos os laboratórios credenciados conseguissem a habilitação.
Leal afirma que a pasta não vê necessidade em prorrogar o prazo. “A maioria dos laboratórios já fez a migração para o novo método, estão em condição de receber e realizar a análise pelo Elisa, que é um método mais moderno, mais avançado”, diz.
Fonte: Canal Rural