Monsanto é condenada a pagar US$ 289 milhões em ação sobre câncer

A Monsanto foi condenada a pagar US$ 289 milhões em uma ação em que era acusada de um herbicida da companhia causar câncer a um ex-jardineiro de uma escola nos Estados Unidos.

O veredito foi dado após três dias de julgamento no tribunal da Califórnia e servirá de referência para milhares de outras ações sobre o Roundup em andamento no Judiciário americano.

Lee Johnson estava buscando indenização de US$ 412 milhões. Os jurados concederam a ele US$ 39 milhões por danos e puniram a Monsanto com US$ 250 milhões por considerá-la responsável por falha no projeto e por não informar sobre os riscos do herbicida. A companhia informou que irá recorrer da decisão.

O glifosato, o principal ingrediente do Roundup, foi aprovado pela primeira vez para uso no herbicida da Monsanto em 1974.

“A decisão de hoje não muda o fato de que mais de 800 estudos e análises científicas – e conclusões da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e autoridades regulatórias em todo o mundo – apoiam o fato de o glifosato não causar câncer e não causou o câncer do senhor Johnson “, disse o vice-presidente da Monsanto, Scott Partridge, em um comunicado.

Se o litígio gerar grandes veredictos contra a Monsanto, isso poderá ter um impacto material nos resultados da Bayer – que fechou um acordo para comprar a Monsanto por US$ 66 bilhões em junho -, disse Chris Perrella, analista da Bloomberg Intelligence.

Como o Roundup é onipresente na agricultura moderna, há uma “enorme responsabilidade potencial”, embora seja muito incerto que se materialize, afirmou.

Para Perrella, os investidores da Bayer podem não estar cientes dos riscos, porque muitos analistas que cobrem a empresa se concentram em produtos farmacêuticos.

Fonte: Valor Econômico

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