BRF aprova chapa da Marfrig com Marcos Molina e Sergio Rial para conselho; Como é de direito, a Marfrig, passa a compor o Conselho da BRF, já que possui mais de 30% das ações da empresa!
O conselho de administração da BRF aprovou chapa apresentada pela Marfrig, com dez membros para a composição do colegiado da companhia, que será eleito no dia 28 de março em assembleia de acionistas, disseram as empresas nesta terça-feira.
A lista enviada pela Marfrig indicou Marcos Molina como candidato a presidente do conselho de administração da BRF — a Marfrig, de Molina, é o principal acionista da BRF, gigante brasileira do setor de aves, suínos e alimentos processados.
Molina é dono e atualmente preside o colegiado da Marfrig, uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo, com forte atuação nos Estados Unidos e América do Sul.
Sergio Rial, que deixou o cargo de CEO do Santander Brasil no ano passado e segue como presidente do conselho do banco, foi indicado para vice-presidência do conselho da BRF.
Também foram indicados como conselheiros Márcia Marçal dos Santos, esposa de Molina; a presidente da Adidas, Flávia Bittencourt; a CEO da Amcham, Deborah Vieitas; o executivo Augusto Cruz Filho; Altamir Batista da Silva, com passagem pelo J.P Morgan e banco Safra; Oscar Bernardes; Eduardo Pocetti do conselho da Metal Leve; e o pecuarista Pedro de Camargo Neto.
A chapa proposta pela Marfrig foi aprovada pela BRF com nove votos e uma abstenção, disse uma fonte à Reuters na condição de anonimato.
Na véspera, a Marfrig comunicou ao mercado que seu conselho havia decidido que a companhia deveria exercer seus direitos de acionista da BRF, para passar a influenciar na administração da maior produtora de carne de aves do Brasil.
No ano passado, a Marfrig intensificou as compras de ações da BRF em maio, dizendo naquela oportunidade que o movimento visava apenas diversificar investimentos. Com as operações, a companhia de bovinos chegou à participação de 33,25%.
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O estatuto da BRF exige que um investidor que atinja 33,33% de participação na empresa faça uma oferta pública de aquisição de todas as ações remanescentes, a chamada cláusula de “poison pill”.
Até o início deste mês, o mercado especulava que a Marfrig aumentaria sua fatia na BRF, sem acionar o mecanismo de “poison pill”, quando a empresa de alimentos realizou uma oferta de ações (“follow-on”) que levantou 5,4 bilhões de reais. A participação acionária da Marfrig foi mantida na BRF, que também tem entre seus principais acionistas os fundos de pensão Petros e Previ, além da gestora de recursos Kapitalo Investimentos.
Fonte: Reuters