O ministro participou de uma reunião nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para as tratativas iniciais do novo Plano Safra 2025/26.
Brasília, 29 – O Ministério da Agricultura e o Ministério da Fazenda estudam mecanismos para tornar o Plano Safra mais eficiente, segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. O ministro participou de uma reunião nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para as tratativas iniciais do novo Plano Safra 2025/26, que tem vigência a partir de 1º de julho. “Falamos sobre as linhas de crédito, de como fazer neste momento, no qual a Selic é cada dia mais alta e de dificuldade orçamentária para equalizar as taxas de juros. Discutimos medidas que vamos tomar para termos novamente um Plano Safra robusto, que estimule a produção, que gere excedentes para o Brasil continuar sendo um grande player de alimentos do Brasil”, disse Fávaro a jornalistas ao deixar o Ministério da Fazenda.
De acordo com o ministro, as modernizações em estudo vão na direção de manter um Plano Safra de estímulo à produção, mas sem “pesar tanto” no orçamento. “O desafio é sempre esse: de onde vem o orçamento. Estamos vendo um grande desafio do ministro Haddad em garantir o teto de gastos, a responsabilidade fiscal, para que possa conter essa elevação de taxas de juros e, consequente, estabilidade econômica. Falar em aumentar orçamento para qualquer ação pública é botar gasolina no fogo, mas, também, se não fizermos um bom Plano Safra, que estimule a produção, é largar o fogo aceso”, comparou.
Entre os instrumentos estudados pelos ministérios para ampliar recursos para o Plano Safra sem aumentar a pressão orçamentária, Fávaro citou o direcionamento das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) para o crédito rural. Atualmente, o porcentual obrigatório dos recursos captados por meio de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) a serem direcionados para o crédito rural, chamado de exigibilidade, está em 50%. “Podemos, por exemplo, ampliar um pouco a ação das LCAs para financiar a agropecuária e até mesmo a captação de recursos internacionais”, observou.
Segundo Fávaro, um dos assuntos da reunião foi a modernização do seguro rural para um modelo mais efetivo. O ministro não detalhou quais serão as mudanças no modelo adotado, mas afirmou que será implementado no novo Plano Safra, a partir de julho. “Para que o seguro rural venha, de fato, dar segurança no campo em épocas de mudanças climáticas e insegurança na produção de alimentos”, comentou.