“É uma forma de compreender como a doença pode se espalhar de novo e, tendo essa ferramenta em mãos, podemos simular as intervenções.”
Um modelo matemático que simula uma emergência sanitária com febre aftosa em propriedades no Rio Grande do Sul foi tema de treinamento concluído, na semana passada, por médicos veterinários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
No total, participaram da capacitação 35 servidores, incluindo colegas da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar) e do Centro Pan-americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa).
O modelo foi elaborado pelos professores Gustavo Machado e Nicolas Cespedes, da Universidade da Carolina do Norte, que ministraram o curso, com financiamento do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).
“É uma forma de compreender como a doença pode se espalhar de novo e, tendo essa ferramenta em mãos, podemos simular as intervenções e ver qual seria a melhor estratégia para controlar uma possível epidemia”, explica Gustavo.
O modelo utiliza métodos de transmissão multiespécies, envolvendo bovinos, suínos e pequenos ruminantes, prevendo a transmissão tanto por contato direto entre os animais quanto por disseminação pelo ar, em espalhamento espacial.
“O modelo foi montado em cima dos dados reais de movimentação do rebanho no Rio Grande do Sul e do cadastro das propriedades no Estado, já georreferenciadas”, detalha o chefe da Divisão de Controle e Informações Sanitárias da Seapdr, Francisco Nunes Lopes.
Por enquanto, o modelo é rodado em códigos computacionais, e assim foi ensinado aos veterinários que participaram do treinamento. “Atualmente ele ainda está em uma linguagem de programação. O objetivo futuro é que ele tenha uma interface mais amigável, que fique mais fácil para qualquer servidor da Secretaria utilizar”, conclui Francisco.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).
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