Moagem de cana do Norte/Nordeste atinge 61,38 mi de t até 15 de maio e supera previsões

Dados mostram que o processamento avançou 13,7% em comparação com o mesmo período da safra passada, quando foram moídas 54 mi de ton.

A safra de cana-de-açúcar da temporada 2022/23 do Norte e Nordeste atingiu moagem de 61,38 milhões de toneladas até o fim da primeira quinzena de maio, superando o registrado na safra 2021/22. Dados compilados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio) mostram que o processamento avançou 13,7% em comparação com o mesmo período da safra passada, quando foram moídas 54 milhões de toneladas. O resultado também supera em 5,2% as projeções iniciais feitas para o ciclo 2022/23, de 58,34 milhões de toneladas.

O presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, explicou, em nota, que o impulso à produção foi causado pelo clima favorável, tanto antes quanto durante o ciclo, com chuvas mais bem distribuídas.

O executivo, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçucar/PE), ressaltou que a produção de etanol e de açúcar também ultrapassou as expectativas. A fabricação de açúcar alcançou 3,36 milhões de toneladas até 15 de maio, volume 16% superior aos 2,89 milhões de toneladas entregues em igual período do ano anterior.

A fabricação total do biocombustível, somando anidro e hidratado, alcançou 2,33 bilhões de litros até a segunda quinzena de maio. O volume é 8,2% maior do que o verificado na safra 2021/22, quando foram produzidos 2,16 bilhões de litros.

O destaque até 15 de maio é o anidro, que atingiu 1,25 bilhão de litros, aumento de 22,6% em relação ao observado em igual período da safra de 2022 (1,02 bilhão de litros). Em relação ao biocombustível hidratado houve retração de 4,9%, com 1,07 bilhão de litros ante 1,13 bilhão de litros fabricados na mesma data do ciclo 2021/22.

A NovaBio ainda afirmou, em nota, que 54,20% da cana moída foram destinados à fabricação de etanol e 45,80% ao açúcar. Em igual período da safra anterior, estes índices eram de 55,86% para o biocombustível e 44,14% para o adoçante.

Fonte: Estadão Conteúdo

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