Com os preços das commodities em queda, o ministro anunciou a mobilização do governo para antecipar medidas que visam evitar um ambiente de endividamento e seus efeitos colaterais; confira
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, alertou para um cenário desafiador e potencialmente prejudicial aos produtores rurais brasileiros em 2024, resultado da combinação entre a previsão de quebra da safra de grãos no país e o achatamento dos preços internacionais das commodities. Fávaro ressalta a raridade e complexidade desse contexto, destacando a necessidade de ações imediatas para mitigar os impactos financeiros aos agricultores.
Com a safra de soja recém-iniciada e os preços das commodities em queda, o ministro anunciou a mobilização do governo para antecipar medidas que visam evitar um ambiente de endividamento e seus efeitos colaterais. Em uma conversa telefônica na terça-feira, Fávaro informou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação e planeja se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na próxima semana.
Diante da restrição orçamentária e dados incipientes sobre os prejuízos na colheita de soja, as equipes técnicas do governo estão elaborando cenários para possíveis prorrogações de parcelas de investimentos, criação de novas linhas de custeio e implementação de ações de apoio à comercialização.
Fávaro reconhece que a rentabilidade da safra já foi comprometida devido aos custos de produção elevados e aos impactos climáticos no rendimento das lavouras. O ministro destaca a atipicidade do ano de 2024 e a necessidade de minimizar os impactos para possibilitar um retorno ao crescimento na safra 2024/25.
Dentre as medidas cogitadas, está a prorrogação das parcelas de investimentos, embora o ministro ressalte a necessidade de considerar a capacidade do Tesouro Nacional. Além disso, o Ministério da Agricultura está em articulação com o BNDES para a criação de uma linha em dólar com prazo alongado para capital de giro, visando dar suporte aos produtores que custeiam suas atividades com empréstimos privados.
Fávaro destaca a urgência das medidas, enfatizando a necessidade de evitação de efeitos colaterais no campo, como inadimplência, negativação de produtores e aumento das dívidas. O ministro espera anunciar algumas medidas antes de março, buscando agir preventivamente diante da crise iminente no setor agrícola brasileiro.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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