Ministra defende o “Boi Bombeiro” no Pantanal

“Bombeiro” do Pantanal, gado em maior número poderia reduzir queimadas, diz ministra; Tereza Cristina participou de audiência no Senado para falar sobre a situação do bioma.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse, nesta sexta-feira (9/10), que o boi é o bombeiro do Pantanal e que uma presença maior dos animais no bioma ajudaria a reduzir o volume de queimadas. Ela fez a afirmação em audiência no Senado. Ela ressaltou que o gado consome a matéria orgânica seca e inflamável, prevenindo, desta forma, contra o alastramento do fogo.

“O boi é o bombeiro do Pantanal, porque é ele que come aquela massa do capim, seja ele o capim nativo ou o capim plantado. É ele que come essa massa para não deixar, como este ano nós tivemos. Com a seca, a água do subsolo também baixou os níveis. Essa massa virou um material altamente combustível. Aconteceum um desastre porque tínhamos muita matéria orgânica seca. Talvez, se nós tivéssemos um pouco mais de gado no Pantanal, teria sido um desastre até menor”, afirmou.

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Durante a audiência, a ministra defendeu a adoção de medidas de prevenção a incêndios junto com políticas que ajudem o pantaneiro a continuar produzindo em suas terras. Ponderou, de outro lado, que tem receio de “criar muitas medidas” neste momento, que considera difícil. O atual período de seca no Pantanal, segundo ela, pode ser comparado ao que se viveu na região há 40 anos.

“Temos que achar as causas para resolver também os problemas. Eu tenho um pouco de medo da gente criar muitas medidas em um momento difícil como esse”, afirmou. “Temos que ter ações para ajudar o Pantanal para que o ano que vem possamos ter medidas preventivas de combate ao fogo”, acrescentou.

Tereza Cristina ressaltou que o governo adotou medidas, como linhas de financiamento para produtores e elogiou a atuação dos brigadistas e das forças de segurança no combate aos focos de incêndio.

A ministra informou que vai analisar o pedido feito pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) de inclui o Pantanal no escopo de atuação do Conselho Nacional da Amazônia Legal até 2025. O requerimento foi aprovado em Comissão nesta sexta-feira (9/10). Ela disse que, em princípio, não vê dificuldades, mas a ideia precisa ser amadurecida.

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Fonte: Agência Senado e Globo Rural

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