A exportação em setembro aumentou 5,9% na comparação com agosto, e atingiu 6,42 milhões de toneladas (Conab).
Em contraste com a queda no mercado internacional, os preços no mercado interno estão subindo (tabela 1), e o que tem dado suporte para esta alta, é a estimativa do estoque final baixo e o consumo crescente.
Tabela 1.
Milho – Mercado disponível em reais por saca de 60 kg.
A produção nacional estimada para a safra 2023/24 foi de 115,7 milhões de toneladas. A estimativa do estoque final foi de 4,43 milhões de toneladas, o que representa 62,6% do estoque final estimado para a safra anterior, de 7,07 milhões de toneladas (figura 1).
A exportação em setembro aumentou 5,9% na comparação com agosto, e atingiu 6,42 milhões de toneladas (Conab). Na comparação feita ano a ano, a exportação caiu 34,1%.
O consumo interno, por sua vez, está estimado em 84 milhões de toneladas. Desse volume, 16,9 milhões de toneladas, ou seja, 20,1% estão destinados à produção de etanol, atrás apenas do consumo da avicultura, responsável por 33,7% dessa parcela, somando 28,3 milhões de toneladas. São 29 usinas de etanol de milho cuja capacidade de produção está estimada em 8 bilhões de litros.
Figura 1.
Produção, consumo interno, e estoque final de milho no Brasil, em milhões de toneladas.
Perspectivas para a primeira safra de 2024/2025
O atraso na semeadura da soja, causado pelas condições climáticas vividas nos últimos meses, atrasará a colheita, o que traz preocupação para a janela de semeadura da segunda safra de milho. A expectativa para a primeira safra é de queda, de 1,1% na área semeada e de 5,4% na produção, estimada em 22,72 milhões de toneladas.
O cenário atual para o clima é de migração para o fenômeno “La Niña”. A expectativa é que dessa vez o tempo seja menos inclemente, sem grandes impactos, se estendendo até janeiro/março de 2025. A expectativa é de boas chuvas na região do MATOPIBA, atraso das chuvas no cerrado e risco de estiagem, no verão, no sul do país, o que pode afetar os resultados da segunda safra, com um cenário de risco climático maior.
O quadro no curto e médio prazo é de preços firmes, com a redução de área destinada para a cultura neste primeiro momento, e a menor oferta do grão pelos produtores sul-americanos, pode repercutir nos preços no mercado externo.
Por fim, a estimativa é de que o volume exportado no período some 34 milhões de toneladas e que a demanda no mercado interno permaneça forte, sustentada pelo volume de proteína animal exportada e pela produção de etanol.
Fonte: Scot Consultoria
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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